terça-feira, 23 de julho de 2013

Game Designer? Saiba que profissão é essa


Segue uma matéria interessante sobre uma profissão que vem crescendo nos últimos anos. Confira e tenha mais uma opção de curso.
O texto também coloca abaixo a ideia que os games não levam a lugar nenhum.
Boa leitura!!!!



Johniere Alves ribeiro

 
_______________________________________________________________________  
 
 
 
 
 Jovem empresário explica a profissão de Game Designer


O que um estudante na área de criação de jogos estuda?

Conteúdo
Módulo I - Explorando o Universo dos Games
- O Universo dos Jogos de Computador. O que é um Software de Entretenimento?
- Introdução, construção e utilização do GameMod.
- História dos Games de Plataforma e Plataforma do GameMod.
- Software de Entretenimento Não é Jogo de Azar - Produzindo Jogos Eletrônicos.
- A História dos Jogos de Computador - Produzindo Jogos.
- Introdução, criação, e produção da Arte Gráfica - Computação Gráfica I.
- Criando uma Atmosfera Visual - Identidade Visual.
- Estudos e Esboços - Planejamento Gráfico.
Módulo II - Projetando os Games
- Sonoplastia.
- Videogame Music – O Início - Videogame Music – O Presente e o Futuro.
- Parâmetros do Som.
- Utilizando o Software - Mãos à Obra.
- A Equipe que Produz os Jogos; Gerência de Projetos; Game Design; Arte Gráfica 2D e 3D; Sonorização dos Jogos; Programação
- Introdução ao Game Design. Jogabilidade.
- Criando a Interatividade de um Jogo. Game Design e Level Design
- Desenvolvimento de Personagens. Criando o Model Sheet.
Módulo III - Produzindo os Games
- Desenvolvimento de Ambientes.
- Estudos de Cor.
- Vídeogame Music como Gênero Musical.
- Aplicações de Efeitos Sonoros e Sound Design.
- Game Engines. Tecnologia 3D em Tempo Real.
- Programas, Introdução à Programação de Computadores e Linguagens de Programação.
- Criando a Narrativa de um Jogo.
- Conceitos e Funções do Módulo Narrativo.
Módulo IV - Desenvolvendo os Games
- Introdução ao Planejamento e Desenvolvimento de Games. Documento Game Spec.
- Criando a Mecânica de um jogo.
- O que é animação. Level Design.
- Produzindo o conteúdo dos jogos. Jogos 2D e 3D.
- Desenho 2D para jogos. Animando personagens 2D.
- Tipos de Dados.
- Comando condicional “if”.
- Funções e sub-rotinas.
Módulo V - Estruturando os Games
- Criando Loops.
- Mixer - mesa de som. Inserindo efeitos no Mixer.
- Criando e editando um VIP. Volume e Panorâmica.
- Criando e editando uma paisagem sonora. Espacializando e equalizando a paisagem sonora.
- Entendendo os modelos 3D. Modelagem 3D para jogos.
- Modelagem de personagens e ambiente 3D.
- Texturas e Interface gráfica.
- Editor de Objeto - Object Editor.
Módulo VI - Finalizando a Produção
- Gravação e Masterização.
- Montando o Módulo de Tiro, editando ambiente, sons, interface e inimigos, configurando o Avatar.
- Montando o Módulo deslizante, editando o ambiente, configurando o avatar.
- O Conceito de Scripts e os Scripts no XGM.
- Gerenciando os projetos de jogos de computador.
- Ciclo de vida de um software de entretenimento.
- As grandes áreas e os profissionais envolvidos na produção de um jogo.
- Tornando-se um profissional na área dos jogos de computador.

Este é currículo de um dos cursos de criação de jogos. Mas tudo dependerá da instituição de ensino que você irá se matricular.
                         Johniere Alves ribeiro

Leia um pouco mais sobre a profissão:


Game Designer? Saiba que profissão é essa?
               
                                                            Por João Marcelo Beraldo | Eschola.com – 17/07/2013 14:17:00


Você sabe o que é um Projetista de games, ou game designer?

O Yahoo! Educação ouviu um dos maiores especialistas em Projetos de Games no Brasil, João Marcelo Beraldo, que explica para nós que profissão é essa:
 
Já trabalho há mais de 10 anos fazendo isso, mas aposto que nem minha família tem certeza do que é que eu faço. “Tem alguma coisa a ver como joguinho” é a resposta mais provável vindo dela. Dica: chamar jogo de “joguinho” para um game designer é o mesmo que dizer que um escritor fez um “livrinho”, um cineasta fez um “filminho”, um engenheiro civil fez uma “casinha”, etc.

Há cerca de 2 anos comecei a prestar serviço freelancer como game designer e vez ou outra tenho clientes que não são da área. São agências de publicidade e equipes de produção de conteúdo educacional (seja para escolas ou para empresas) que começaram a entrar na área dos advergames e jogos educativos. A confusão sobre o papel de game designer persiste também entre eles.

O game designer é a pessoa responsável por bolar o jogo e garantir que ele seja divertido. Ele não é o artista nem o programador, apesar de ser comum o game designer vir dessas áreas. Eu mesmo trabalhei como ilustrador e designer gráfico por anos antes de virar game designer ‘de verdade’ e, nessa época, acabei aprendendo alguma coisa ou outra sobre programação.

E aí está o truque: é obrigação do game designer saber um pouco de tudo.

Em discussões com colegas da área já surgiu muito a discussão sobre o que define um bom game designer. Já entrevistei vários, já contratei alguns. Invariavelmente o sujeito precisa mostrar paixão pelo que faz e, acima de tudo, empatia. O game designer não faz o jogo para ele, faz para os outros. É essencial entender um pouco sobre o porque das pessoas gostam de certos jogos. Eu não tenho o menor saco para World of Warcraft, mas se 8 milhões de pessoas pagavam $15 por mês para jogá-lo era minha obrigação como game designer entender o porquê.

A empatia é importante também para o próprio desenvolvimento do projeto. Você precisa saber falar a língua do artista e do programador e, dependendo do tamanho do projeto, da diretoria da empresa e da equipe de marketing. Você precisa saber explicar o que precisa ser feito e vender seu peixe para públicos diferentes.

“Mas, oh Beraldo, então o game designer é um vendedor?”

De certa forma, sim. Mas é um vendedor que cria seu próprio produto. É um vendedor que defende com unhas e dentes não o produto, mas a experiência que pretende proporcionar ao consumidor final.

“E você fica jogando o dia todo?”

Não. Adoraria, mas ultimamente tenho tido cada vez menos tempo para jogar, e a pilha de jogos comprados e intocados só cresce. Mas jogamos para aprender mais, sim. Um game designer precisa saber o que está sendo feito pela concorrência e deve absorver novos métodos de desenvolvimento do mesmo jeito que um biólogo lê artigos científicos ou um historiador lê livros acadêmicos e participa de eventos. Enquanto o jogador vê pontos de experiência, vitórias e medalhas, o game designer vê mecânicas, ciclos e técnicas narrativas. Depois que você vira game designer jamais verá um jogo com os mesmos olhos. Você se diverte, sim, mas é como se estivesse constantemente olhando as engrenagens sob o capô do carro.
 
Esse conhecimento precisa virar algo. É adubo para o cérebro. Desta pesquisa devem surgir novas ideias, novas soluções, novas mecânicas. Daí vêm os conceitos de jogos, as propostas, os protótipos e, finalmente, os jogos em si. Ser game designer significa escrever muito, mas não necessariamente roteiros de ficção (apesar de que, no meu caso, faço muito disso). Significa escrever um manual técnico de como o jogo deve funcionar, manual esse que serve de base para toda a equipe (e, muitas vezes, para parceiros externos, como forma de convencê-los a financiar a sua ideia).

Isso é um resumo, claro. Talvez volte ao assunto mais para frente, explicando o processo de desenvolvimento de um jogo e dando exemplos. Mas, quem sabe, por enquanto esse artigo ajudou a esclarecer para muita gente o que diabos eu faço para ganhar a vida? E, da próxima vez que você pensar em chamar jogo de "joguinho", lembre-se que um "joguinho de celular" chamado Angry Birds gerou 70 milhões de dólares para uma (então) pequena empresa da Finlândia.

Estruturando um texto argumentativo-dissertativo


Segue abaixo comentários sobre o que fazer no texto "argumentativo-dissertativo". São dicas objetivas e que podem ajudar na hora "H" da Redação no ENEM.


Johniere Alves ribeiro
___________________




Como Estruturar um Texto Argumentativo-Dissertativo

 

1. O texto argumentativo

 

     COMUNICAR não significa apenas enviar uma mensagem e fazer com que nosso ouvinte/leitor a receba e a compreenda. Dito de uma forma melhor, podemos dizer que nós nos valemos da linguagem não apenas para transmitir idéias, informações. São muito freqüentes as vezes em que tomamos a palavra para fazer com que nosso ouvinte/leitor aceite o que estamos expressando (e não apenas compreenda); que creia ou faça o que está sendo dito ou proposto.

     Comunicar não é, pois, apenas um fazer saber, mas também um fazer crer, um fazer fazer. Nesse sentido, a língua não é apenas um instrumento de comunicação; ela é também um instrumento de ação sobre os espíritos, isto é, uma estratégia que visa a convencer, a persuadir, a aceitar, a fazer crer, a mudar de opinião, a levar a uma determinada ação.

     Assim sendo, talvez não se caracterizaria em exagero afirmarmos que falar e escrever é argumentar.

     TEXTO ARGUMENTATIVO é o texto em que defendemos uma idéia, opinião ou ponto de vista, uma tese, procurando (por todos os meios) fazer com que nosso ouvinte/leitor aceite-a, creia nela.

     Num texto argumentativo, distinguem-se três componentes: a tese, os argumentos e as estratégias argumentativas.

     TESE, ou proposição, é a idéia que defendemos, necessariamente polêmica, pois a argumentação implica divergência de opinião.

     A palavra ARGUMENTO tem uma origem curiosa: vem do latim ARGUMENTUM, que tem o tema ARGU , cujo sentido primeiro é "fazer brilhar", "iluminar", a mesma raiz de "argênteo", "argúcia", "arguto".

     Os argumentos de um texto são facilmente localizados: identificada a tese, faz-se a pergunta por quê? (Ex.: o autor é contra a pena de morte (tese). Porque ... (argumentos).

     As ESTRATÉGIAS não se confundem com os ARGUMENTOS. Esses, como se disse, respondem à pergunta por quê (o autor defende uma tese tal PORQUE ... - e aí vêm os argumentos).

     ESTRATÉGIAS argumentativas são todos os recursos (verbais e não-verbais) utilizados para envolver o leitor/ouvinte, para impressioná-lo, para convencê-lo melhor, para persuadi-lo mais facilmente, para gerar credibilidade, etc.

     Os exemplos a seguir poderão dar melhor idéia acerca do que estamos falando.

     A CLAREZA do texto - para citar um primeiro exemplo - é uma estratégia argumentativa na medida em que, em sendo claro, o leitor/ouvinte poderá entender, e entendo, poderá concordar com o que está sendo exposto. Portanto, para conquistar o leitor/ouvinte, quem fala ou escreve vai procurar por todos os meios ser claro, isto é, utilizar-se da ESTRATÉGIA da clareza. A CLAREZA não é, pois, um argumento, mas é um meio (estratégia) imprescindível, para obter adesão das mentes, dos espíritos.

     O emprego da LINGUAGEM CULTA FORMAL deve ser visto como algo muito es-tra-té-gi-co em muitos tipos de texto. Com tal emprego, afirmamos nossa autoridade (= "Eu sei escrever. Eu domino a língua! Eu sou culto!") e com isso reforçamos, damos maior credibilidade ao nosso texto. Imagine, estão, um advogado escrevendo mal ... ("Ele não sabe nem escrever! Seus conhecimentos jurídicos também devem ser precários!").

     Em outros contextos, o emprego da LINGUAGEM FORMAL e até mesmo POPULAR poderá ser estratégico, pois, com isso, consegue-se mais facilmente atingir o ouvinte/leitor de classes menos favorecidas.

     O TÍTULO ou o INÍCIO do texto (escrito/falado) devem ser utilizados como estratégias ... como estratégia para captar a atenção do ouvinte/leitor imediatamente. De nada valem nossos argumentos se não são ouvidos/lidos.

     A utilização de vários argumentos, sua disposição ao longo do texto, o ataque às fontes adversárias, as antecipações ou prolepses (quando o escritor/orador prevê a argumentação do adversário e responde-a), a qualificação das fontes, a utilização da ironia, da linguagem agressiva, da repetição, das perguntas retóricas, das exclamações, etc. são alguns outros exemplos de estratégias.

2. A estrutura de um texto argumentativo

2.1 A argumentação formal

     A nomenclatura é de Othon Garcia, em sua obra "Comunicação em Prosa Moderna".

     O autor, na mencionada obra, apresenta o seguinte plano-padrão para o que chama de argumentação formal:

1.         Proposição (tese): afirmativa suficientemente definida e limitada; não deve conter em si mesma nenhum argumento.

2.         Análise da proposição ou tese: definição do sentido da proposição ou de alguns de seus termos, a fim de evitar mal-entendidos.

3.         Formulação de argumentos: fatos, exemplos, dados estatísticos, testemunhos, etc.

4.         Conclusão.

2.2 A argumentação informal

     A nomenclatura também é de Othon Garcia, na obra já referida.
     A argumentação informal apresenta os seguintes estágios:

    1. Citação da tese adversária
    2. Argumentos da tese adversária
    3. Introdução da tese a ser defendida
    4. Argumentos da tese a ser defendida
    5. Conclusão

 

1.   Dissertação e argumentação
     1.1.  Característica do texto dissertativo-argumentativo  

         Quando se pede a alguém que disserte e argumente por escrito sobre um determinado tema, espera-se um texto em que sejam expostos e analisados, de forma coerente, alguns dos aspectos e argumentos envolvidos na questão tematizada. Não há escrita sem leitura, sem reflexão, sem a adoção de um ponto de vista e, pode-se mesmo dizer, sem um desejo, por parte de quem escreve, de se manifestar a respeito de um determinado tema. Assim, é especialmente importante que, em uma dissertação, sejam apresentados e discutidos fatos, dados e pontos de vista acerca da questão proposta. Ora, para que você consiga desincumbir-se dessa tarefa de forma adequada (especialmente em uma situação como a de um exame vestibular em que há uma certa tensão, o tempo é controlado...), a Unicamp coloca à sua disposição, sob a forma de uma coletânea, diversos elementos que devem ser levados em conta para a discussão do tema proposto. Garantimos, assim, que você não tenha de “partir da  estaca zero”, para construir sua redação. Essa é uma função importante da coletânea de textos que acompanha o tema para dissertação. (Essa coletânea, como vimos no capítulo anterior, tem também o objetivo de avaliar a sua capacidade de leitura, interpretação e seleção de informações).

         Do que foi dito acima, você deveria concluir imediatamente que escrever um texto dissertativo não é apenas tecer comentários  impessoais sobre determinado assunto, tampouco limitar-se a apresentar aspectos favoráveis e contrários e/ou positivos e negativos da questão.

         Mas vamos tentar ajudá-lo um pouco mais, uma vez que tal conclusão pode não ser tão imediata assim. Consideremos duas instruções que muito freqüentemente acompanham “definições” de dissertação: (1) que nela não se deve “falar” em 1ª pessoa; (2) que devem, em um texto dissertativo, ser apresentados argumentos favoráveis e contrários à(s) idéia(s) sobre a(s) qual(is) se está escrevendo.

         A primeira das “instruções” é, de fato, pertinente, mas costuma-se exagerar o seu valor – esse cuidado não é suficiente para garantir que se está, realmente, dissertando. Sempre será verdade que enfraquecem a força do texto dissertativo expressões como eu acho que e na minha opinião, mas o problema está muito mais no caráter opinativo e no “achismo” nelas contido do que no uso da 1ª pessoa do singular. Contudo, saiba que a postura mais adequada para se dissertar é mesmo escrever impessoalmente, como se autor daquele texto fosse o próprio bom senso, a própria lógica, a razão, ou ainda, a verdade. Da mesma forma, uma dissertação não se dirige a um interlocutor específico ou a um grupo deles; dirige-se, isto sim, a um “leitor universal”, algo que poderia ser definido como: todos os seres humanos alfabetizados e dotados de raciocínio.

         Quanto à Segunda “instrução”, essa sim é um completo equívoco. Em uma dissertação, deve-se defender uma tese, ou seja: organizar dados, fatos, idéias, enfim, argumentos, em torno de um ponto de vista definido sobre o assunto em questão. Uma dissertação deve, na medida do possível, concluir algo. Portanto, não tem cabimento ficar simplesmente elencando argumentos favoráveis ou contrários a determinada idéia. Só se trazem ao texto argumentos contrários à tese defendida para destruí-los, para anulá-los... e, mesmo isso, quando for pertinente fazê-lo.

 

2.Aplicando a teoria

 2.1. Tipo de parágrafos – desenvolvimento

Desenvolvimento do parágrafo

A vida agitada das grandes cidades aumenta os índices de doenças do coração

 

Desenvolvimento por detalhes

 

A vida agitada das grandes cidades aumenta os índices de doenças do coração. O tráfego intenso, o ruído  do tráfego, as preocupações geradas pela pressa, o almoço corrido, o horário de entrar no trabalho, tudo isso abala as pessoas, produzindo o stress que ataca o coração.

 

Desenvolvimento por definição

 

A vida agitada das grandes cidades aumenta os índices de doenças do coração. Vida agitada é aquela que o indivíduo não tempo para cuidar de si próprio, mercê dos compromissos assumidos e do tempo exíguo para cumpri-los. Entre as doenças do coração, a mais comum é a que ataca as artérias coronárias, assim chamadas porque envolvem o coração, como uma coroa, para irrigá-la em toda a sua topologia.

 

Desenvolvimento por exemplo específico

 

A vida agitada das grandes cidades aumenta os índices de doenças do coração. Imaginemos um chefe de família que deixa sua casa, às 6h30 da manhã. Logo de início, tem de enfrentar a fila da condução. A angústia da demora: será que vem ou não vem o ônibus? Finalmente, vem. Superlotado. Sobe ele, aos trancos, e logo enfrenta a roleta. – Troco? – Não tem troco pra cem. – Espera um pouco pra passar na roleta. – Agora tem, pode passar. Finalmente o ponto de descida. O relógio de ponto. Em cima da hora. Nesse momento, o relógio do coração do nosso amigo já passou do ponto. Está acelerado. Suas coronárias sofrem sob o impacto do stress e entram em débito de fluxo sangüíneo.

 

Desenvolvimento por fundamentação da proposição

 

A vida agitada das grandes cidades aumenta os índices de doenças do coração. Somente na última década, segundo informações da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, o paulistano se infartou vinte vezes mais do que no   decênio anterior. O stress causado pela vida intensa acelera os batimentos cardíacos, por intermédio da injeção exagerada de adrenalina e apressa o surgimento dos problemas do coração.

 

Desenvolvimento por comparação

 

A vida agita das grandes cidades aumenta os índices de doenças do coração. Imagine o leitor, por exemplo, um automóvel dirigido suavemente, com trocas de marcha em tempo exato, sem freadas bruscas ou curvas violentas. A vida útil desse veículo  tende a prolongar-se bastante. Imagine agora o contrário: um automóvel cujo proprietário se compraz em arrancadas de “cantar pneus”, curvas no limite de aderência, marchas esticadas e freadas violentas. A vida útil deste último tende a decair miseravelmente. O mesmo podemos fazer com nosso coração. Podemos conduzi-lo com doçura, em ritmo de alegria e de festa, ou podemos tratá-lo agressivamente, exigindo-o fora de seu ritmo e de seu tempo de recuperação.

 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Inadequações: gênero carta; pontuação, etc/ Produção Textual - ENEM


 Segue um vídeo do almanaque da rede que nos oferta algumas dicas sobre a Produção Textual. A professora explica: o gênero carta; uso do aposto e pontuação. Ela apresenta dicas interessantes, já abordadas por em sala de aula.

Assista e aprenda.


in: http://www.youtube.com/watch?v=iyPU40hkvX0&feature=endscreen&NR=1

Segue abaixo uma vídeo/aula do site "aulalivre.net" dicas sobre o texto dissertativo-argumentativo. São boas dicas, a professora  Viviane Schitz segue mais ou menos a linha estudo que tenho sobre a Produção Textual .

Assista com paciência, vale a pena:






Carlos Drummond - O amor (" Quero me casar") e o Impasse ("José")


Carlos Drummond de Andrade é considerado por muitos críticos um dois maiores poetas da Literatura Brasileira, dividindo este título com João Cabral de Melo Neto.

O poeta de Itabira apresenta uma linguagem próxima do leitor e nos trás versos que refletem sobre o nosso cotidiano.

Partindo destes comentários, apresento a vocês um texto de Bráulio Tavares que comenta a temática do amor – “ Quero me casar” – e um comentário do poema  “José”, que em linhas gerais, no apresenta um panorama do texto.

Espero que vocês gostem e comentem, mas acima de tudo, leiam Drummond, vale a pena.

Johniere Alves ribeiro.

------------------------------------------------
Provocações - A Incapacidade de Ser Verdadeiro (Carlos Drummond de Andrade)
 

Publicado em 15/06/2013 às 08:00h, por Bráulio Tavares- Jornal da Paraíba

O tema do amor na poesia de Drummond tem dois tratamentos principais, o profundo e o brincalhão. Somente com o livro póstumo “O Amor Natural” o poeta revelou um terceiro caminho que corria por fora, o do tratamento erótico. Em Drummond coexistiam um filósofo desencantado com o mundo e um guri sempre disposto a travessuras. Isso se manifesta em seu tratamento de temas como o amor, o namoro, a paixão, o casamento, o sexo – palavras que não são sinônimas entre si, como geralmente se imagina.

“Quero me casar” é um dos poemas travessos mais simples do poeta: “Quero me casar / na noite na rua / no mar ou no céu / quero me casar. // Procuro uma noiva / loura morena / preta ou azul / uma noiva verde / uma noiva no ar / como um passarinho. /
Depressa, que o amor / não pode esperar!”. Essa dicção pseudo-naïf se refinou em poemas mais maduros, e igualmente desconcertantes, como “O Mito” (“Sequer conheço Fulana...”), “Canção para Álbum de Moça” (“Bom dia: eu dizia à moça / que de longe me sorria”), “Amar-Amaro” (“Por que amou por que amou / se sabia / proibido passear sentimentos...”), “O amor bate na aorta” (“Cantiga do amor sem eira / nem beira...”), “Caso pluvioso” (“A chuva me irritava. Até que um dia / descobri que maria é que chovia”), e outros.

 Todos estes poemas se dividem entre paixão e distanciamento, desespero e gozação, carência e ironia, ajoelhamento devoto diante da amada e cambalhota esperta pra longe dizendo “eu, hein?”. No final ora predomina um, ora o outro, outra se travam num empate, ou num impasse. Amor e humor são misturados como café e leite. E isto lembra o famoso micro poema de Oswald de Andrade, tão citado como símbolo do Modernismo: “AMOR / humor”. Uma palavra é o título, a outra é o poema. Oswald parece sugerir que o amor verdadeiro não é outra coisa senão o humor, neste caso (imagino) a capacidade de rir das coisas e rir das mesmas coisas, de pensar em uníssono, num “matrimônio de mentes sinceras” (como dizia Shakespeare). Na mão de Drummond, o amor inclui o humor, mas não como sua essência, e sim um “poder moderador”. Ele nos salva do amor mal compreendido e mal utilizado, o amor sombrio demais, destrutivo demais, o amor diluído em água com açúcar ou o amor de toxinas concentradas em veneno.

A receita de Drummond exprime, melhor do que a de Oswald, a flechada-no-coração que o Modernismo desferiu no Romantismo. A noção de amor do Romantismo foi um episódio psicótico na história da cultura. O Modernismo foi uma espécie de terapia de choque, sacudindo o paciente e dizendo “meu amigo, caia na real!”. A luta entre os dois não acabou, mas o fato de haver pelo menos uma alternativa já é um avanço.

 

Escute e leia um dos mais famosos poemas de Drummond

 

JOSÉ

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,

seu terno de vidro, sua incoerência,
seu ódio - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, pra onde?

 

“A partir de Sentimento do Mundo (1940), Carlos Drummond de Andrade parece se armar em relação a si próprio e ao mundo. E, se o individualismo evidente nos primeiros livros é mais útil, não é por isso menor. O mesmo "eu-oblíquo" contempla-se a si e ao mundo; e, se muitas vezes o pronome na primeira pessoa desaparece, o poeta se desdobra em uma terceira pessoa:

- o impessoal "se": "Chega um tempo em que não se diz mais: 'Meu Deus'." (Sentimento do Mundo);
- o homem qualquer: "Ó solidão do boi no campo, / ó solidão do homem na rua!" ("O boi");
- a simples constatação do fato: "Lutar com palavras / é a luta mais vã" ("O lutador");

até chegar a um outro "eu", "José" - "E agora, José?" ("José"), que se pergunta sobre o significado da própria existência e do mundo. Mas este "José" não é outro senão o poeta. A personagem funciona, no poema, como o desdobramento da personalidade poética do autor, tanto quanto nas demais situações apontadas, atrás de quem o poeta se esconde e se desvenda.

O “não-ser” se faz presente neste poema por meio do modo verbal subjuntivo que torna a ação imprecisa:

“...Se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...”


José não dorme, não cansa, não morre, ele é duro, apenas segue. Sua dureza é o que existe e tudo mais é o “nada” no qual ele se funde. Chama-se atenção para o caráter construtivo que o Existencialismo dá à categoria “nada”, ele é o inexistente, mais traz em si o por fazer.

Escrito durante a Segunda Guerra Mundial e da ditadura de Vargas, José, apesar da dureza, ainda tem o impulso de continuar seguindo. Mesmo sem saber para onde: “...Você marcha, José! / José, para onde?” (http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/j/jose_poema_drummond)

Escrever pensando - Bráulio Tavares


Segue mais um texto de Bráulio, escritor paraibano. Nele temos uma reflexão sobre a escrita, também há dicas sobre o pensar/escrever/ e escrever/pensar.

Leia e comente

Johniere Alves ribeiro

 

------------------------------------------------


Publicado em 20/06/2013 às 08:00h, por Bráulio Tavares.

Os neurocientistas afirmam (http://bit.ly/10GJfrT) que quando a gente escreve estimula mais áreas do cérebro (lobo frontal, lobo parietal, sistema de ativação reticular, etc) do que quando está apenas lendo, ouvindo ou falando. O ato de escrever a mão ou num teclado mobiliza diferentes áreas motoras e sensoriais. E isso contamina o que se passa pela nossa mente. Por isso se diz aos escritores profissionais: não fique pensando, escreva; não fique só imaginando, escreva; não queira ter a história toda pronta na cabeça antes de escrever. Porque quando chegar o ato de escrever, você vai estar pensando, em termos práticos, com um cérebro mais amplo do que o cérebro que pensava antes. Treino é treino, e jogo é jogo.

Não sei quanto aos cientistas, mas como escritor eu vejo assim. Digamos que você está escrevendo uma história de um casal que, viajando à noite numa estrada deserta, tem um problema no motor do carro. Discutem --- devem esperar socorro? Sair andando à procura de uma casa próxima? Se eu estou deitado na rede imaginando a cena, tudo fica num plano vagamente mental de imagens visuais superpostas, antes, depois, fragmentos de diálogos semi-imaginados, ocupando uma área relativamente limitada do cérebro. Mas é diferente se enquanto imagino a cena total eu estou escrevendo.
“—Puxa vida, disse Sandra, você quer que a gente saia andando nesse escuro? – Meu amor, disse Fernando, melhor do que ficarmos aqui no carro, numa estrada onde não passa ninguém, porque na última meia hora a gente não ultrapassou nenhum carro. – Mas é uma estrada, disse Sandra, cedo ou tarde vai passar alguém. Mas quando ela disse isso Fernando já tinha partido a passos largos, e ela, mesmo engolindo a raiva, tirou as sandálias altas e o seguiu”.

Escrever isso ativa (através das mãos e dos olhos) centros motores que não são ativados pelo mero devaneio, e daí começa um feedback em que esses centros começam a xeretar o texto e dar palpite. O diálogo acima foi improvisado agora, em meio minuto; eu pensava em escrever apenas as falas, e de repente me vi fazendo Fernando meter o pé na estrada e a mulher segui-lo, com esse detalhe que eu não antevira (mas para mim plausível) de tirar as sandálias de salto alto.

Envolver o corpo na escrita é um segredo que alguns resolvem ditando em voz alta para um gravador ou uma secretária; outros, escrevendo em pé (Hemingway), outros escrevendo à mão num caderno; outros, usando a máquina de escrever como se fosse um piano de ragtime. Falar em voz alta. Gesticular. Caminhar pelo escritório. Ativar os cinco sentidos, a percepção especial, a coordenação motora. Eles nos ajudam a imaginar melhor.

“Não São Vinte Centavos, São Bilhões E Bilhões De Reais, Trilhões...”


“Não São Vinte Centavos, São Bilhões E Bilhões De Reais, Trilhões...”

Segue mais um artigo de Bráulio sobre os protestos no Brasil. Um texto bem escrito, em que há argumentos importantes em torno da “ Revolta dos 0,20 centavos”.

Leia e comente.

Johniere Alves ribeiro

 


Publicado em 18/06/2013 às 08:00h, por Bráulio Tavares, publicado no Jornal da Paraíba.

 

 

Tudo indica que esta semana também vai ser de gente protestando nas ruas e a polícia descendo o cassetete. Dizem as autoridades e uma parte da imprensa que as manifestações têm como objetivo o vandalismo. É mentira. Vândalos e desordeiros se infiltram em qualquer multidão, até em torcida de futebol comemorando título. Alguns são manifestantes que querem sinceramente protestar mas também aproveitam para descarregar a raiva em vidraças e lixeiras. Outros são os habituais arruaceiros inimigos infiltrados, agindo contra a manifestação para sujar sua imagem. (É o que em política partidária se chama a “turma da pesada”, que ganha para ir aos comícios dos adversários e aprontar confusão.) E existem baderneiros que nem sabem do que se trata, não estão nem aí para o motivo da passeata, querem apenas a adrenalina do confronto e da depredação. Nenhum protesto de rua consegue se vacinar totalmente contra esses três tipos, mas isso não é motivo para proibir os protestos.
Protestos na rua não agradam a todo mundo. Causam transtorno, sim. Já fiquei preso no trânsito, já perdi compromisso, já me prejudiquei. Quem está numa ambulância pode se prejudicar mais ainda. Mas a verdade é que certas mudanças só acontecem depois que o caldo entorna. Autoridades são meio surdas, não escutam indivíduos, mas escutam multidões. Se um governo pudesse apertar um botão e acabar com as passeatas, qualquer um deles – direita, esquerda, centro – faria isso. Governo não gosta de protesto, gosta de voto.
O aumento nos preços das passagens coincide com muitos outros problemas (educação, segurança, moradia, meio ambiente, saúde) e, numa conjunção perversa, com a Copa das Confederações. E aí fica insultantemente visível o compromisso dos nossos governos (federal, estaduais, municipais) e todos os partidos com o capitalismo internacional, representado neste caso pela Fifa. O povo gosta de futebol, mas não gosta do modo sobranceiro, arrogante e acintoso com que a Fifa entra na casa alheia ditando ordens, impondo seus esquemas de exploração comercial, tratando nosso governo e nosso povo como capachos.
A Fifa e seus estádios de um bilhão de reais, que vão ficar às moscas depois da Copa do Mundo, deixando, como sempre, buracos irremediáveis nos orçamentos, e ajudando o Brasil a subir no ranking da “Forbes” dos “países com maior número de milionários” – acho que ganharemos mais algumas centenas deles depois destas Copas. Não, o problema não são vinte centavos, são bilhões e bilhões de reais, trilhões talvez, que existem, foram pagos, e deveriam estar tendo outra utilização. Mas os governos só escutam quando há milhões de pessoas nas ruas dizendo a mesma coisa.

 

“Autoridades são zumbis?” - O que está por trás dos protestos no Brasil


“Autoridades são zumbis.”
 
Acredito que este seria um título interessante para o texto que segue, escrito por Bráulio Tavares, mas não posso mudar oque sua inteligência já blindou e publicou. Contudo, acredito que se não posso mudar o título do seu  texto com esta frase, mas indicaria a mesma como um resumo bem feito do seu artigo. E como a frase acima é parte integrante do seu texto, diria que “metalinguísticamente”  tal período reflita bem a realidade do que ocorre hoje pelas ruas do Brasil.
Desse modo, leia o texto conciso de Bráulio que -  coincidência ou não traz um BRA em seu nome -,  nos apresenta uma radiografia dos protestos recentes em nosso país.
 
Johniere Alves ribeiro
 
 
 
Parte superior do formulário

Bráulio Tavares ( O colunista é escritor, compositor, estudou cinema e é pesquisador de literatura fantástica. Contato com o colunista: btavares13@terra.com.br )

Compartilhe


Publicado em 21/06/2013 às 08:00h;  por Bráulio Tavares, no Jornal da Paraíba.

Movimentos políticos de rua têm de tudo. Jovens preocupados com o futuro do país em que viverão um dia suas velhices (pensem nisto agora, amigos). Velhos relembrando os bons tempos da “revolução no ar”. Baderneiros e vândalos. Hippies, hipsters, ripongas, ripadores de animê. Tímidos que jamais soltariam um berro daqueles na Av. Rio Branco se estivessem sozinhos. Agentes de extrema-direita e de extrema-esquerda infiltrados. Gente descontente com os partidos. Militantes ingênuos para quem o único partido sem políticos corruptos é o seu.

Muitos que estão ali são meros curiosos, satisfeitos em participar de um momento fora do comum, porque terão uma história para contar no dia seguinte: “Olha, ninguém me disse: eu estava lá...”. Entre aquelas dezenas que erguem cartazes e faixas, você vai encontrar lado a lado duas pessoas que, se parassem para acertar os ponteiros, passariam quatro anos discutindo sem chegar a um denominador comum. Mas erguem os cartazes, protestam, cantam hino, andam lado a lado, e cada um deles acredita que está indo na direção certa. Podem até estar.

Manifestação tem skinhead, aposentado, marqueteiro, universitário jubilado, balconista, comerciante, batedor de carteira, vendedor de picolé, trotskista, keynesiano, sadomasoquista, evangélico, flanelinha. Tem modelo-e-atriz, manicure, perua, piranha, filhinha da mamãe, filhinha do papai, socialite, socióloga, feminista, doméstica, filósofa, poetisa, cobradora de ônibus. Todos tentam, num momento assim, encontrar um movimento coletivo que lhes dê a sensação de serem um só, sem ao mesmo tempo desbastar as arestas de individualidade que os definem.

Em toda manifestação alguém vai depredar um prédio público ou um banco particular. Alguém vai queimar latas de lixo ou carros estacionados. Se a manifestação fizesse isso o tempo inteiro, ia se desmoralizar. Mas (vejam só as ironias da nossa civilização!) os carros incendiados e as vidraças partidas doem mais fundo nas autoridades do que as palavras de ordem ou as reivindicações ordeiras. Autoridades são zumbis. Enquanto puderem fazer de conta que estão mortas, fá-lo-ão. Um milhão de vozes bradando uma queixa justa podem ser ignoradas; mas a pira de labaredas consumindo símbolos civilizatórios como carros ou placas da Fifa é algo que os horroriza na sua medula mais íntima. Eles veem que o Poder não os blinda por completo, e que para aquela multidão nem o que é mais sagrado merece respeito. E em homenagem a esse símbolo sacrificado em holocausto (“Queimaram carros! Por que não queimam um sem-teto?!”) eles admitem que a Rua é real. E sentam para negociar.