sábado, 30 de março de 2013

Um outro lado ENEM que a mídia faz questão de esconder.


Um outro lado ENEM que a mídia faz questão de esconder.

 

Todo ano é a mesma ladainha, os jornais mais importantes do país apresenta críticas ferrenhas ao ENEM, mas não podemos esquecer que este exame, mesmo quem não queiram, apresenta um modelo diferente de vestibular e  que tem democratizado o acesso ao Ensino Superior.

Mas mesmo diante deste contexto, leia com atenção e com uma visão também crítica a reportagem que segue e tire você suas próprias conclusões. E tente responder: “ Por que o ENEM incomoda tanto? Ou será que é o atual governo? As críticas são para favorecer o ENSINO MÉDIO?”

Johniere Alves ribeiro

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O lado bom do Enem. E tem?

Por Paulo Barreira Milet | Eschola.com – 25/05/2012 22:55:00

Serve até para quem não concluiu o Ensino Médio na época correta!

Temos visto nos últimos tempos, o ENEM nas páginas dos jornais estrelando campanhas negativas.

Primeiro foi o roubo de provas, depois o sigilo do banco de dados, aí veio o vazamento de provas, o método de correção da redação...

Mas o ENEM tem um lado bom. Ou melhor dizendo, o ENEM como projeto e finalidade é excelente e tem muitas e variadas atribuições que o tornam único e relevante para o país e para os que dele precisam.

O Enem serve para:

1. AVALIAÇÃO
2. VESTIBULAR - SISU
3. BOLSAS - PROUNI
4. FINANCIAMENTO - FIES
5. EXAME SUPLETIVO

1. Serve como avaliação, medindo o desempenho de escolas e alunos no ensino médio e tornando-se um instrumento essencial para a formulação de políticas públicas para o setor. Precisa ser mais ágil na divulgação dos seus resultados agregados para que governos e escolas tomem providências tempestivamente;

2. Serve como porta de entrada em centenas de universidades públicas via SISU e também de centenas de faculdades privadas. Um lado interessante dessa atribuição é a economia que cada faculdade tem ao não precisar fazer um ou dois vestibulares a cada ano. Nesse aspecto, tem como referencia o SAT americano, onde o aluno fica com sua nota e vai procurar a faculdade onde os seus pontos permitam o ingresso;

3. Serve como caminho para obtenção de bolsas PROUNI. Somente em 2011 foram 120.000 bolsas, sendo que atualmente o governo tem mais alunos entrando na faculdade via bolsas para instituições privadas do que para o SISU;

4. Serve também como caminho para o FIES – financiamento estudantil, onde o aluno pode obter um financiamento para seus estudos em um prazo de 4 vezes a duração do curso + 1 ano, isto é, quem faça um curso de 4 anos tem 13 anos para pagar e ainda tem 6 meses de carência;

E finalmente, a mais desconhecida das finalidades.

5. O ENEM serve como certificação para o Ensino Médio, como se fosse um exame supletivo. Basta que o aluno tenha 18 anos no dia da prova e obtenha os pontos necessários, que são 450 nas provas objetivas (eram 400 até 2011) e 500 na redação. Nos dois últimos anos, cerca de 500.000 candidatos a cada ano fizeram o Enem com esse objetivo e cerca de 20 % passaram e já estão com seus diplomas do antigo segundo grau na mão. Nesse quesito, o Enem se assemelha ao GED americano, que permite que os alunos que abandonaram a high-school concluam fazendo essa prova.

Se por um motivo qualquer, o estudante abandonou os estudos no primeiro, segundo ou terceiro ano ou nem mesmo começou a cursar o Ensino Médio (antigo segundo grau) ele agora tem uma grande oportunidade de recuperar o tempo perdido. Estima-se em mais de 20.000.000 os brasileiros que completaram o ensino fundamental (primeiro grau), mas pararam a de estudar antes de completar o Ensino Médio.

Essa ultima atribuição se insere no modelo de certificação de conhecimento, tão comum nas áreas de TI, qualidade, línguas e outras (até OAB), em que, não importa onde tenha aprendido, desde que comprove que tenha aquele nível de habilidades, competências e conhecimento.

Mesmo sendo a mais desconhecida das atribuições do ENEM, considero essa talvez seja a socialmente mais importante e de maior alcance para o país.

 

 

 

 

quarta-feira, 20 de março de 2013

VANGUARDAS EUROPEIAS E MODERNISMO BRASILEIRO

Segue um resumo das Vanguradas Europeias e do Modernismo no Brasil.
Espero que você possa curtir e estudar com qualidade.


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Vanguardas Europeias - resumo, dicas e questões.

                                                               Adaptado por Johniere Alves ribeiro

Os movimentos de vanguarda emergiram na Europa nas duas primeiras décadas do século 20 e provocaram ruptura com a tradição cultural do século 19. Foram extremamente radicais e influenciaram manifestações artísticas em todo o mundo.

As cinco principais correntes vanguardistas foram: futurismo, cubismo, dadaísmo, expressionismo e surrealismo.

Futurismo: primeiro movimento merecedor da classificação de vanguarda, caracteriza-se pelo interesse ideológico na arte. Sua produção preconiza a subversão radical da cultura e dos costumes, negando o passado em sua totalidade e pregando a adesão à pesquisa metódica e à experimentação estilística e técnica.

Cubismo: resultado das experiências de Pablo Picasso (1881 – 1973) e de Georges Braque (1882 – 1963), esteve, inicialmente, ligado à pintura e teve por princípio a valorização das formas geométricas. Na literatura, caracteriza-se pela fragmentação da linguagem e geometrização das palavras, dispostas no papel de maneira aleatória a fim de conceber imagens.

Dadaísmo: surgido em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), constitui um grito de revolta contra o capitalismo burguês e o mundo em guerra. Por isso, os dadaístas são contra as teorias e ordenações lógicas.

Expressionismo: tem como herança a arte do final do século 19 e valoriza aquilo que chama de expressão: a materialização criativa (na tela ou no papel) de imagens geradas no mundo interior do artista.

Surrealismo: como o Expressionismo, preocupa-se com a sondagem do mundo interior, a liberação do inconsciente e a valorização do sonho. Esse fascínio pelo que transcende a realidade aproxima os surrealistas das ideias do psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856 – 1939).

Com o que ficar atento?
A palavra “vanguarda” vem do francês avant-garde (termo militar que designa o pelotão que vai à frente). Desde o início do século 20, designa aqueles que, no campo das artes ou das ideias, está à frente de seu tempo.

Como pode cair no vestibular?

Não satisfeitos com a produção artística de sua época, artistas de vanguarda buscam novas formas de expressão. Os recursos estilísticos utilizados por eles em suas composições têm sido amplamente explorados em vestibulares. Além disso, o tema tem ligação com a atualidade, pois vivemos em uma época em que ruptura de paradigmas são constantes.

Vanguardas europeias e o Mdernismo no Brasil

As vanguardas europeias foram importantes para o desenvolvimento da arte moderna no Brasil. O futurismo, na Itália; o expressionismo, na Alemanha; o cubismo de Picasso ou o dadaísmo na Suíça... Esses movimentos, e outros que os seguiram, influenciaram bastante os intelectuais brasileiros, principalmente aqueles que mantinham contato direto com essas vanguardas, quando viajavam para a Europa.

Na virada do século 19 para o 20, a Europa vivia intensamente o clima de rompimento com todo o passado artístico e cultural. O clima político era tenso às vésperas da
Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e com a Revolução Russa, em 1917.

Por essa razão, a tensão emocional dos artistas falava alto e determinava o tipo de criação artística e literária. Eles viviam intensamente a glorificação do mundo moderno e a criação, totalmente livre, de cada modo de expressão, de cada estilo e temática, de cada pintura ou escultura antiacadêmica.

Leia tal rebeldia nos versos de
Manuel Bandeira:

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas!
[...]       
("Poética")

Dentre os intelectuais brasileiros que mantinham contato com as ideias da Europa,
Oswald de Andrade (pronuncia-se Osváld), polêmico jornalista e escritor, introduz as novidades quando elogia, num artigo de jornal, o poeta Mário de Andrade, chamando-o de "meu poeta futurista" (1914) - embora os versos de Mário, tão esquisitos, criassem estranheza entre os leitores. Imagine-se um poeta jovem rimar a forma verbal voou com um verso assim: "E o vento continua com seu oou".

Nem todos os intelectuais dessa época (que, aliás, frequentavam as casas burguesas dos ricaços da Avenida Paulista) viraram modernistas de fato. Mas todos aderiram ao termo "futurismo" (usado com desprezo pelos conservadores...). Mário de Andrade escreveria:

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
O burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
É sempre um cauteloso pouco-a-pouco.
[...]


("Ode ao burguês"/Pauliceia Desvairada)

Houve um primeiro escândalo: a jovem pintora
Anita Malfatti, que acabava de voltar de seus estudos na Europa, fazia uma exposição de quadros "expressionistas" no centro da cidade (1917). O respeitado escritor Monteiro Lobato não gostou e, num violento artigo de jornal, perguntava se essa moça era louca ou estava querendo enganar a todos. O texto, ainda hoje famoso, chama-se "Paranoia ou Mistificação?" e provocou revoltas: muitas pessoas devolveram quadros comprados, outras agrediram a pintora e suas telas.

Mas o efeito final foi excelente para o nosso modernismo: em torno dessa jovem se reuniram Mário de Andrade, Oswald de Andrade,
Menotti Del Picchia, Villa-Lobos, Di Cavalcanti e outros artistas, que, juntos e muito corajosos, acabaram fazendo a Semana de Arte Moderna.

Como já caiu no vestibular?

1. (UFPE – PE) Os movimentos culturais do final do século XIX e das primeiras décadas do século XX dialogavam com as mudanças que ocorriam na sociedade ocidental, com a afirmação do modo de produção capitalista e com as novas formas de pensar e de sentir o mundo. Com o modernismo e as vanguardas artísticas, houve mudanças importantes, pois:

( ) Matisse, Van Gogh e Picasso expressaram com seus quadros mudanças nas concepções estéticas da pintura.
( ) o dadaísmo procurou radicalizar nas suas propostas, criticando os valores estabelecidos, com destaque para a obra de artistas como Marcel Duchamp.
( ) o surrealismo trouxe a exploração do inconsciente, presente na pintura do espanhol Salvador Dali e na obra literária do francês André Breton.
( ) com obras que causaram impacto, houve um rompimento frente aos modelos clássicos que adotavam regras e limites para o artista.
( ) concepções literárias e musicais renovadoras, estiveram presentes nas obras de Marcel Proust, James Joyce, Debussy, Paul Éluard, Stravinsky e tantos outros.

GABARITO
V – V – V – V – V

Outras questões

Questões:


01. (PUCCAMP) Assinale a alternativa em que se encontram preocupações estéticas da Primeira Geração Modernista:

a) “Não entrem no verso culto o calão e solecismo, a sintaxe truncada, o metro cambaio, a indigência das imagens e do vocabulário do pensar e do dizer.”

b) “Vestir a Idéia de uma forma sensível que, entretanto, não terá seu fim em si mesma, mas que, servindo para exprimir a Idéia, dela se tornaria submissa.”

c) “Minhas reivindicações? Liberdade. Uso dela; não abuso.” “E não quero discípulos. Em arte: escola = imbecilidade de muitos para vaidade dum só.”

d) “Na exaustão causada pelo sentimentalismo, a alma ainda tremula e ressoante da febre do sangue, a alma que ama e canta porque sua vida é amor e canto, o que pode senão fazer o poema dos amores da vida real?”

e) “O poeta deve ter duas qualidades: engenho e juízo; aquele, subordinado à imaginação, este, seu guia, muito mais importante, decorrente da reflexão. Daí não haver beleza sem obediência à razão, que aponta o objetivo da arte: a verdade.”


02. (PUCCAMP)

O alpinista
de alpenstock
desceu
nos Alpes

O texto acima, capítulo do romance Memória Sentimentais de João Miramar, exemplifica uma tendência do autor de:

a) Procurar as barreiras entre poesia e prosa, utilizando estilo alusivo e elíptico.
b) Explorar o poema em forma de prosa, satirizando as manifestações literárias do Pré-modernismo.
c) Buscar uma interpretação lírica de seu país, explorando a forca sugestiva das palavras.
d) Utilizar o poema-piada, para satirizar tudo o que não fosse nacional.
e) Procurar “ser regional e puro em sua época”, negando influencias das vanguardas européias.


03. (MACKENZIE) “Chamado de rapsódia por Mário de Andrade, o livro é construído a partir de uma série de lendas a que se misturam superstições, provérbios e anedotas. O tempo e o espaço não obedecem a regras de verossimilhança, e o fantástico se confunde com o real durante toda a narrativa.”

A afirmação faz referência à obra:

a) O rei da vela.
b) Calunga.
c) Macunaíma.
d) Memórias sentimentais de João Miramar.
e) Martim Cererê.


04. (PUC-MG) Leia o texto atentamente.

Na feira-livre do arrebaldezinho
um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor:
- “O melhor divertimento para as crianças!”
Em redor dele há um ajuntamento de menininhos pobres...

Não é característica presente na estrofe acima:

a) Valorização de fatos e elementos do cotidiano.
b) Utilização do verso livre.
c) Linguagem despreocupada, sem palavras raras.
d) Preocupação social.
e) Metalinguagem.


05. (UFC) Macunaíma – obra-prima de Mário de Andrade – é um dos livros que melhor representam a produção literária brasileira do presente século. Sua principal característica é:

a) traçar, como no Romantismo, o perfil do índio brasileiro como protótipo das virtudes nacionais.

b) Ser um livro em que se encontram representados os princípios que orientam o movimento modernista de 22, dentre os quais o fundamental é a aproximação da literatura à música.

c) Analisar, de modo sistemático, as inúmeras variações sociais e regionais da língua portuguesa no Brasil, destacando em especial o tupi-guarani.

d) Ser um texto em que o autor subverter, na linguagem literária os padrões vigentes, ao fazer conviver, sem respeitar limites geográficos, formas lingüísticas oriundas das mais diversas partes do Brasil.

e) Exaltar, de forma especial, a cultura popular regional, particularmente a representativa do Norte e Nordeste brasileiro.


06. (UFC) Macunaíma é um “herói sem nenhum caráter”, porque:

a) Vive sonhando com riqueza fácil e, para obtê-la, lança mão de qualquer recurso.
b) Não é um ser confiável.
c) Ainda não encontrou sua própria definição, sua identidade.
d) Não tem firmeza de personalidade, nem segurança em suas decisões.
e) n.d.a.


07. (UFC) Macunaíma é uma obra plural, composta, na medida em que:

a) Obedece às características circulares e fechadas do romance psicológico.
b) Como toda obra tradicional, observa a linearidade da narrativa onde cada personagem age em separado.
c) Aproxima técnicas românticas das modernas na estruturação do romance como um todo.
d) No corpo da narrativa, dá um tratamento único para cada personagem apresentada.
e) Tal como numa rapsódia, trata de vários temas ao mesmo tempo, entrelaçando-os numa rede múltipla de cores e sons os mais diversos.


08. (UFC) A respeito do livro Macunaíma, é correto afirmar que:

a) A história se passa predominantemente na capital paulista, daí porque o livro pode ser considerado uma crônica do cotidiano paulistano.
b) O episódio de base da narrativa consiste na perda e reconquista da muiraquitã.
c) O livro é uma sátira ao Brasil através da reconstituição fiel de fatos históricos retidos na memória do autor.
d) A obra faz uma leitura do Brasil sob a ótica do colonizador.
e) O processo de criação do livro não mantém nenhum vinculo com qualquer obra anteriormente escrita.


09. (FUVEST) Indique a alternativa em que a proximidade estabelecida está correta:

a) A terra paradisíaca, em Gonçalves Dias, é projeção nacionalista; a Pasárgada, de Manuel Bandeira, é anseio intimista.

b) O lirismo de Gregório de Matos é conflitivo e confessional; o de Cláudio Manuel da Costa é sereno e
impessoal.

c) A ficção regionalista, imatura no século XIX, ganho força ao abraçar as teses do determinismo cientifico, no século XX.

d) José de Alencar buscou expressar nossa diversidade cultural-projeto que só a obra de Machado de Assis viria a realizar.

e) A figura do malandro, positiva em Manuel Antonio de Almeida, é alvo de Mário de Andrade em sua sátira Macunaíma.


10. (UNIJUÍ) A afirmação dos elementos locais, do Brasil, estão presentes em Macunaíma, de Mário de Andrade.

Sobre o livro é incorreto afirmar que:

a) Macunaíma é um “anti-herói”, com características como o individualismo e a malandragem.
b) O livro aproveita as tradições míticas dos índios; seus irmãos são Maanape e Jiguê.
c) Aproveita também ditados populares, obscenidades, frases feitas, com fatores traços de oralidades;
d) O livro foi chamado de rapsódia e é uma obra central do movimento modernista.
e) O livro não satiriza certos padrões de escrita acadêmica e não trabalha elementos de um “caráter” brasileiro.



Resolução:

01. C
02. A
03. C
04. E
05. D
06. C
07. E
08. B
09. A
10. E

 

( Adaptado por Johniere Alves ribeiro de http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/vanguardas-europeias-resumo-dicas-questao-comentada-598933.shtml )

terça-feira, 19 de março de 2013

E O ENEM, hein?


Mais confusão em torno do ENEM

Começaram a divulgar as notas e as produções do textuais do ENEM. O teto de vidro do MEC começou a receber pedradas. Pois, de acordo com alguns analistas e jornalistas de plantão, acreditam que a correção da prova de Redação apresenta fragilidades – para não dizer – erros crassos.

Contudo, em tempos de mídias associadas a grupos partidários ou a interesses personificados, fica difícil compreender até que ponto tais críticas favorecem o processo de escrita dos nossos alunos do Ensino Médio – particular ou público-, que claramente necessitam de uma alfabetização para   “o escrever” e assim “letrar-se”.

Enquanto a mídia direciona seus dardos ao governo (leia-se MEC) o que, até certo ponto, é muito natural - pois é responsável pelo processo seletivo nacional – devemos procurar a verdadeira causa do problema: o fraco sistema educacional de nosso país.

Mas, mesmo assim vejamos o que um jornal  divulgou sobre o assunto.

Johniere Alves ribeiro

Leia e comente....   

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Estudante escreve receita de miojo na redação do Enem e recebe nota 560

 O tema da redação da última edição do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) era os movimentos imigratórios para o Brasil no século XXI. Mas, além do tema, no meio de seu texto, um candidato resolveu dissertar sobre como preparar um miojo. Pode soar estranho, no entanto, para dois corretores da prova a abordagem temática foi considerada “adequada”. O autor da redação recebeu 560 pontos de 1000 possíveis.

Nos dois primeiros parágrafos, o vestibulando chega a comentar a questão da imigração. Mas, no parágrafo seguinte, descreve o modo de preparo do macarrão instantâneo:

“Para não ficar muito cansativo, vou agora ensinar a fazer um belo miojo, ferva trezentos ml’s de água em uma panela, quando estiver fervendo, coloque o miojo, espere cozinhar por três minutos, retire o miojo do fogão, misture bem e sirva”.

Logo depois retoma o tema da imigração e conclui que “uma boa solução para o problema o governo brasileiro já está fazendo, que é acolher os imigrantes e dar a eles uma boa oportunidade de melhorarem suas vidas”.

Embora haja critérios para se tirar nota 0 na redação no Guia do Participante, como a fuga total do tema e impropérios ou atos propositais de anulação, o vestibulando em questão tirou 560 em 1000.

O candidato recebeu 120/200 (60%) na competência 2 da correção, em que são avaliadas a compreensão da proposta da redação e a aplicação de conhecimentos para o desenvolvimento do tema. Pela nota, o Ministério da Educação (MEC) entende que o estudante abordou o tema de forma “adequada”, embora “previsível” e com “argumentos superficiais”. Na competência 3, na qual é avaliada a coerência dos argumentos, o candidato recebeu 100/200 (50%).

Em nota, o MEC afirmou que “a presença de uma receita no texto do participante foi detectada pelos corretores e considerada inoportuna e inadequada, provocando forte penalização especialmente nas competências 3 e 4”. O órgão entende que o aluno não fugiu do tema nem teve a intenção de anular a redação, pois não feriu os direitos humanos e não usou palavras ofensivas.

Nesta segunda-feira, 18, o jornal O Globo mostrou que redações nota 1000 (máxima) da edição de 2012 continham erros graves de grafia como “rasoavel”, “enchergar”, “trousse”, além de problemas de concordância verbal, acentuação e pontuação.

Com informações do jornal O Globo