Quinhentismo no Brasil
A Literatura no Brasil
surge tardiamente,- entendesse aqui a literatura escrita, pois nossos índios já
desenvolvia uma literatura oral rica e que retratava lendas sobre o surgimento
do nosso povo-, digo isto porque na Europa já estamos quase às portas do
Barroco e já se tem passado pelo Trovadorismo, Humanismo, Maneirismo.
Desse modo, leia
atentamente as informações que seguem e compreenda como a Literatura vai se
estruturando em nosso país. Também há dicas de filmes sobre este contexto
cultural.
Johniere
Alves Ribeiro
Artigo acadêmicas sobre o Quinhentismo, confira:
http://www4.crb.ucp.pt/biblioteca/rotas/rotas/maria%20aparecida%2019a67%20p.pdf
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Quinhentismo Brasileiro
O Quinhentismo, fase da literatura
brasileira do século XVI, tem este nome pelo fato das manifestações literárias
se iniciarem no ano de 1.500, época da colonização portuguesa no Brasil. A
literatura brasileira, na verdade, ainda não tinha sua identidade, a qual foi
sendo formada sob a influência da literatura portuguesa e europeia em geral.
Logo, não havia produção literária ligada diretamente ao povo brasileiro, mas
sim obras no Brasil que davam significação aos europeus. No entanto, com o
passar dos anos, as literaturas informativa e dos jesuítas, foi dando lugar a
denotações da visão dos artistas brasileiros.
Na época da colonização brasileira, a
Europa vivia seu apogeu no Renascimento, o comércio se despontava, enquanto o
êxodo rural provocava um surto de urbanização. Enquanto o homem europeu se
dividia entre a conquista material e a espiritual (Contrarreforma), o cidadão
brasileiro encontrava no quinhentismo semelhante dicotomia: a literatura
informativa, que se voltava para assuntos de natureza material (ouro, prata,
ferro, madeira) feita através de cartas dos viajantes ou dos cronistas e a
literatura dos jesuítas, que tentavam inserir a catequese.
A carta de Pero Vaz de Caminha traz a
referida dicotomia claramente expressa, pois valoriza as conquistas e aventuras
marítimas (literatura informativa) ao mesmo tempo que a expansão do
cristianismo (literatura jesuíta).
A literatura dos jesuítas tinha como objetivo principal o da catequese. Este trabalho de catequizar norteou as produções literárias na poesia de devoção e no teatro inspirado nas passagens bíblicas.
A literatura dos jesuítas tinha como objetivo principal o da catequese. Este trabalho de catequizar norteou as produções literárias na poesia de devoção e no teatro inspirado nas passagens bíblicas.
José de Anchieta é o principal autor
jesuíta da época do Quinhentismo, viveu entre os índios, pelos quais era
chamado de piahy, que significa “supremo pajé branco”. Foi o autor da primeira
gramática do tupi-guarani e também de várias poesias de devoção.
( Por Sabrina Vilarinho - Graduada em Letras - Equipe Brasil Escola)
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QUINHENTISMO
1
– Introdução
No final do
século XV, os portugueses haviam se tornado mestres na arte de navegar. A
Escola de Sagres, uma construção conservava até hoje nas rochas do Cabo de São
Vicente, era o que havia de mais moderno em pesquisa náutica. O próprio Colombo
atravessou o oceano Atlântico, em 1492, utilizando a tecnologia desenvolvida em
Portugal.
A hipótese da
existência de novas terras tinha sido confirmada. Os países da Europa viviam em
efervescência pela conquista de novos mundos. Portugal, transformado em grande
potência marítima, no seu afã mercantilista foi espalhado a “Fé e o império”
por toda parte. Podemos dizer que a vela quadrada das caravelas portuguesas
teve para os grandes descobrimentos o mesmo papel que o foguete Saturno V na
conquista da lua.
Foi assim que
Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, em 1500, época em que vigorava o
Humanismo em Portugal. Esse fato foi tão importante para os portugueses da
época quanto foi, para a humanidade, a chegada do homem à lua em 1969. E como
não havia televisão para transmitir o feito, escrivão-mor da esquadra cabralina
__ Pero Vaz de Caminha __ escreveu a Carta ao rei d. Manuel.
Após seu
descobrimento, o Brasil ficou por cerca de meio século sem merecer
investimentos por parte dos descobridores. Enquanto na Europa era vertiginoso o
avanço técnico e cultural, nas terras recém-descobertas não havia ainda
iniciativas administrativas e educacionais.
Os maiores
contingentes de pessoas que acorreram ao Brasil-Colônia __ exploradores (1530)
e trabalhadores (1548) __ constituía-se de estrangeiros. Portanto, o Brasil
vivenciou, desde seus primeiros anos, uma economia e uma cultura importadas.
Somente em 1549, com a criação de uma escola jesuítica na Bahia, é que teve
início a educação no Brasil. E a literatura?
2
– Literatura Informativa
Os primeiros
escritos sobre o Brasil foram documentos de caráter informativo, referentes à
terra rica e fecunda, aos nativos estranhos, ao clima tropical, às condições
gerais de vida e às atividades colonizadoras. Essa literatura informativa sobre
a nova terra (1500-1601), feita por viajantes e missionários, foi
significativa, embora não passasse de crônica histórica. Foi graça a esses
“retratos” iniciais da terra descoberta que, mais tarde, artistas de vanguarda
puderam levar nossas letras a uma posição de crítica e de autonomia. Basta
lembrar José de Alencar, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Murilo Mendes, e
outros.
3 – Literatura
Jesuítica
Os primeiros
jesuítas chegaram ao Brasil quase cinqüenta anos depois de seu descobrimento
(1549). Vieram com o objetivo de catequizar os índios e ministrar o ensino no
país. Fundaram os primeiros colégios, únicos centros de atividade intelectual
no Brasil-Colônia. Os índios eram objeto de cuidados especiais, ao passo que os
escravos africanos que aqui chegaram dez anos depois (1559) eram destinados à
exploração.
Foram os
jesuítas os iniciadores de nossa literatura. O padre Manuel de Nóbrega escreveu
suas primeiras cartas em 1549 e, mais tarde, Anchieta, com seus trabalhos
(poesias, autos, gramáticas), ampliou o campo literário e informativo.
O padre Fernão
Cardim relata em seus escritos que os nossos índios tinham grande habilidade
para a música e para a dança, gostavam da trova repentista e sabiam narrar as
façanhas dos antepassados, especialmente as mulheres. Os missionários logo
perceberam que poderiam utilizar a vocação para as artes dos índios para a
catequese. Desse modo, introduziram no Brasil o teatro, a música e a dança, que
teriam grandes desdobramentos no futuro.
Os jesuítas da
companhia de Santo Inácio de Loyola fizeram parte da história do Brasil desde
seus primeiros anos. Embora condenassem a poligamia e a antropofagia,
aprenderam a respeitar a cultura indígena. Na defesa dos direitos humanos,
entraram em choque com os colonos que buscavam escravizar índios e tomar suas
terras. O Pe. Antônio Vieira também se destacaria na luta para reservar aos
índios o espaço a que tinham direito.
4
– Principais representantes
Alfredo Bosi,
importante crítico literário, resumiu assim autores e obras significativos dos
primórdios da nossa literatura informativa e jesuítica:
·
a “Carta de Pero Vaz de Caminha
a el-rei D. Manuel”, referindo o descobrimento de uma nova terra
e as primeiras impressões da natureza e do aborígine;
·
o Tratado da terra do Brasil e
a História da Província de Santa Cruz a
que vulgarmente chamam Brasil, de
Pero Magalhães Gândavo (1576);
·
a Narrativa epistolar e o
Tratado da terra e da gente do Brasil, do
jesuíta Fernão Cardim (a primeira certamente de 1583);
·
o Tratado descritivo do Brasil, de
Gabriel Soares de Sousa (1587);
·
os Diálogos das grandezas do
Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão
(1618);
·
as Cartas dos missionários
jesuítas, escritas nos primeiros séculos de catequese;
·
o Diálogo sobre a conversão dos
gentios, do Pe. Manuel de Nóbrega;
·
a História do Brasil, Frei
Vicente do Salvador (1627).
·
o Diário de Navegação, de
Pero Lopes de Sousa, escravidão do primeiro grupo colonizador, o de Martim
Afonso de Sousa (1530);
O "descobrimento do Brasil" na música brasileira
O "descobrimento do Brasil" no cinema
Descobrimento do
Brasil é um filme brasileiro de Humberto Mauro realizado em 1936,
com trilha sonora de Heitor Vila-Lobos.
Em forma de
documentário, narrado com textos extraídos da Carta de Pero
Vaz de Caminha, conta a chegada da frota portuguesa às costas
brasileiras, em 1500.
Para a cena da primeira
missa no Brasil, Humberto Mauro tentou reproduzir fielmente o famoso
quadro de Victor Meirelles. Descobrimento do
Brasil representou o Brasil
no Festival de
Veneza de 1938.
Vídeo aula sobre o decobrimento
Dicas de Filmes:
Descobrimento do Brasil /
Período colonial do século 16
-
O Descobrimento do Brasil – Documentário
-
Caramuru, a Invenção do Brasil
- A Missão
- Desmundo
- Como Era Gostoso o Meu Francês
- Hans Staden
- República Guarani
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Brasil Colônia
- Carlota Joaquina
- Xica da Silva
- Tiradentes, o filme
- Independência ou Morte
- Os Inconfidentes
- Quilombo
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