Conhecia Waly Salomão, sem saber que Waly Salomão era também poeta. Calma, eu explico - se que se pode explicar exatamente a diferença de quem é compositor e de quem é poeta. Quero dizer que o conhecia como compositor de algumas músicas famosas, como é o caso de "Vapor Barato", ou s simplesmente "Minha honey baby", letra eternizada na voz de Gal Costa, Só depois li o livro "Poesia Total", lançado recentemente e pude ter acesso as suas poesias e perceber que também escrevia poemas. Mesmo que para alguns eles nem pareça textos poéticos.
A seguir você terá contato com uma pequena resenha do livro recém lançado,como também a leitura de alguns poemas. Como também poderá ouvir Maria Bethânia recitando um de seus poemas e Gal Costa mandando ver na
"Minha honey baby".
Johniere
Alves Ribeiro
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Littera e etc, é um blog que tem como objetivo apresentar informações do "mundo das letras" ( Literatura e Produção Textual) como também fazer ponte com outras áreas do conhecimento e apresentar assuntos da atualidade. Por isso, aproveite nossas informações, comente-as e nos mande dicas para melhorar. Johniere Alves Ribeiro
sábado, 25 de abril de 2015
domingo, 8 de março de 2015
TÓPICO FRASAL
Para a elaboração de um bom texto é importante que se tenha parágrafos bem elaborados. Estes serão responsáveis pela sustentação da ideia central, como também da manutenção da coerência do texto. Sendo assim, leia com atenção as dicas que segue e tente você mesmo elaborar um paragrafo de qualidade.
Johniere Alves Ribeiro
Estruture o parágrafo. Aprenda o que é o tópico frasal.
Muitos estudantes têm dúvidas sobre a maneira mais adequada de estruturar um texto dissertativo-argumentativo. Em outros artigos aqui do Conversa de Português, eu já mostrei como o texto deve ser organizado, mas é necessário chamar atenção para a construção dos parágrafos que o compõem.
Em geral, o parágrafo-padrão consta de três partes, em um modelo que se assemelha à estrutura geral do texto: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão (GARCIA, 2007, p. 222). A primeira parte é composta por um ou dois períodos iniciais, em que se apresenta a ideia principal (otópico frasal); a segunda é a explanação da ideia-núcleo e a terceira, que não chega a ser um item obrigatório.
O tópico frasal pode ser apresentado de diversas maneiras. Veja algumas:
I. Declaração inicial
O autor do texto afirma ou nega alguma coisa para, em seguida, justificar ou fundamentar sua afirmação. Seus argumentos podem ser apresentados sob forma de exemplos, confrontos, analogias, razões, restrições.
Exemplo:
A pronúncia exata do grego antigo é, ainda hoje, objeto de especulação dos estudiosos. Por esse motivo, há três sistemas de pronúncia do grego antigo: a pronúncia erasmiana (criada pelo sábio Erasmo de Rotterdam na Renascença), a pronúncia restaurada (uma tentativa de criar a pronúncia do grego do dialeto ático, tal como era falado no período clássico em Atenas, tomando como base os escritos de antigos gramáticos) e a pronúncia do grego moderno (que, apesar de não ser a mesma para o período clássico, possui a vantagem de unir a língua antiga como sua continuação moderna. (VERNANT, 2002, p. 11)
2. Definição
Esse é um método didático por meio do qual , como já se pode supor, o autor apresentará uma definição.
Exemplo:
A jaculatória é um gênero textual que se caracteriza por um conteúdo de grande fervor religioso, estilo laudatório e invocatório (duas sequências injuntivas ligadas na sua formulação imperativa), composição curta com poucos enunciados, voltada para a obtenção de graças ou perdão, a depender da circunstância.
3. Divisão
É um processo didático, caracterizado pela objetividade e pela clareza. O tópico frasal é apresentado sob forma de divisão ou discriminação de ideias.
Exemplo:
A literatura “brasileira”nos primeiros anos de colonização é uma literatura: a) de missionários dedicados à obra de catequese; b) de viajantes ou recém-chegados desejosos de dar notícias ou impressões sobre a terra e o homem do novo continente; c) de algumas incipientes vozes literárias. Essa literatura se fez não somente em língua portuguesa, mas também em idiomas estrangeiros. Obviamente só nos interessa a que se incorporou às letras pátrias: das em língua estrangeira daremos apenas breve informação. (POSSENTI, 2012, p. 36)
4. Interrogação
Pode-se iniciar o parágrafo com uma interrogação direta, mas o autor não se pode esquecer de que o desenvolvimento deverá responder ou esclarecer a indagação feita no tópico frasal.
Exemplo:
Em que consistiria o domínio do português padrão? Do ponto de vista da escola, trata-se em especial (embora não só) da aquisição de determinado grau de domínio da escrita e da leitura. É evidentemente difícil fixar os limites mínimos satisfatórios que os alunos deveriam poder atingir […]. (POSSENTI, 2012, p. 19)
Garcia (2007) considera que a interrogação inicial esconde um tópico frasal por declaraçãoou definição. É o que podemos observar no exemplo acima, em que todo segundo período do parágrafo aparece como uma definição do que é considerado português padrão.
( http://conversadeportugues.com.br/2015/03/topico-frasal/)
Referências bibliográficas:
ELIA, S. Fundamentos histórico-linguísticos do português do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003.
GARCIA, O.M. Comunicação em prosa moderna. 27. ed. Rio de Janeiro: 2007.
MARCUSCHI, L.A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. Gêneros textuais & Ensino. 4. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2012.
VERNANT, J.P. Entre mito e política. 2.ed. São Paulo: EdUSP, 2002.
Pré-Modernismo em tópicos
O Pré-Modernismo aconteceu no período de 1902 a 1922 e seu marco inicial foi a publicação da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. Alceu de Amoroso Lima foi o primeiro a usar a expressão pré-modernismo às obras publicadas naquele período, fato que só ocorreu em 1939 com a publicação de Contribuição à História do Modernismo. A literatura que antecedeu a Semana de 22 pouco tinha de inovadora. A crítica rotulava os poucos autores que surgiam de “neos” – neoparnasianos, neossimbolistas e neorromanticos. Os romances de Lima Barreto e Graça Aranha e os ensaios sociais de Euclides da Cunha deram o tom da literatura brasileira nas duas primeiras décadas do século XX. ( http://conversadeportugues.com.br/2012/05/euclides/)
Pré-Modernismo-
.
Literatura,
sociedade e a história: o cotidiano e a arte literária
1.1.
Contexto histórico:
- O conflito
europeu
- Primeira Guerra Mundial;
- A guerra mostra ao mundo sofisticadas tecnológicas
bélicas: aviões, submarinos, tanques, metralhadoras, gases mortíferas, dentre
outras;
- Revolução Russa;
- Surge uma nova potência mundial: os EUA.
- O Brasil nas
primeiras décadas do século XX:
- Instauração e consolidação da Republica;
- A República do café-com-leite;
- O conflito social: poderosos e desfavorecidos;
- “Revolta da vacina”; “ Guerra do Contestado”,”
Guerra de canudos”, “ Revolta da Chibata”
Cultura e
arte, entre o passado e o futuro: algumas manifestações artísticas:
- O cinema: Lumière
- A música: surgimento do gramafone; estilos musicais
maxixe, modinha e a toada;
- A pintura: Lasar Sagall a primeira exposição de
estilo não acadêmico, com técnicas inovadoras.
2. Afinal o que é Pré-modernismo:
2.1.
Características gerais:
- O
nacionalismo conservador;
- O
nacionalismo renovador;
-
Transição: entre a permanência e a ruptura;
- O
regionalismo, apresentação de dos vários “Brasis”;
- Interesse
pela realidade do Brasil;
- Oposição ao
modelo de observação universal do homem e da sociedade: apresenta um olhar para
o que é local;
- Busca por uma linguagem mais simples;
- Convivência entre as mais variadas tendências
artísticas do século anterior ainda não totalmente superadas;
- Sincretismo cultural = Pré-Modernismo.
3. Principais
autores, obras e características:
3.1. Augustos dos Anjos:
- Dentre os
pré-modernistas é o único poeta;
- Estilo original e que perpassa todas as escolas
literárias;
- Sua poética sofre influência: da biologia, da
química, da filosofia oriental, da física; do pessimismo; do evolucionismo; do
determinismo e materialismo;
- Linguagem que provoca estranhamento e grotesca;
- Apresenta influências do Simbolismo e do
Parnasianismo;
3.2. Lima Barreto:
- Autor crítico e polemico;
-Linguagem simples e aproximada do coloquial;
- Seu enredo apresenta um misto entre reportagem e
testemunho;
- Seus romances apresente sempre uma intenção de
“libertar” as massas.
3.3. Monteiro Lobato:
- Apresenta sua obra contextualizando a região do Vale
do Paraíba;
- Empunha a bandeira do progresso social e mental,
também apresenta em suas obras o tom moralista, nacionalista e caráter
pedagógico;
- Linguagem que transita entre a tradicional e o
estilo moderno ( aproveitando o coloquialismo);
- Foi o divulgador da literatura infantil da América
Latina ( com a obra SPA);
- Tom regionalista
3.4. Graça Aranha:
- Autor que apresenta em seu livro Canaã a imigração
dos alemãs;
- Apresenta a região do Espírito Santo;
- Linguagem que se aproxima da fala do imigrante;
- Narrativa simples.
3.5. Euclides da Cunha:
- Autor que apresenta uma versão oficial da Guerra de
canudos;
- Em Os Sertões apresenta um livro que transita entre
o literário e cientifico;
- Descreve a terra, o sertanejo e luta em Canudos;
- Linguagem culta, repleto de figuras de linguagens ,
beira o “barroco cientifico”;
- Apresenta a
influencia das tendências do determinismo e positivismo.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
GRAFITE - A ARTE DAS RUAS - OS GÊMEOS
São mais de 40 anos, desde que o grafite surgiu pela primeira vez nas ruas
de Nova Iorque, como uma manifestação artística marginalizada. Tinha como
objetivo central denunciar a opressão sofrida pelos menos favorecidos. E para tornar pública as
problemáticas envolvendo a violência, descaso público, dentre outros aspectos os
grafiteiros procuravam lugares de muito movimento, para que assim todos
pudessem “participar”, mesmo que indiretamente, do contexto vividos pelos
personagens criados por eles.
Com o passar dos anos o Grafite, enquanto técnica, é elevado a categoria
de arte, não que precisasse disto. Contudo, é percepitivel a mistura desta
artes das ruas com elementos das vanguardas como o Surrealismo, Cubismo. Todo este
status fez com que os grafiteiros conseguissem expressar-se mais livremente, sem medo de
serem presos, pois estas pinturas urbanas começaram a serem levadas a sério,
tanto por aqueles que a praticam quanto pela sociedade de maneira geral.
Diante disto, leia com atenção o texto de Eliene Percilia e observe as
imagens da arte d´Os Gêmeos, grafiteiros brasileiros reconhecidos no mundo
todo.
Johniere Alves Ribeiro
Grafite
O grafite surgiu na década de 1970, em Nova Iorque,
quando alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade.
Essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos.
A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em
espaços públicos. A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de
inscrição feita em paredes. Existem relatos e vestígios dessa arte desde o
Império Romano. Seu aparecimento na Idade Contemporânea se deu na década de
1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas
marcas nas paredes da cidade e, algum tempo depois, essas marcas evoluíram com
técnicas e desenhos.
O grafite está ligado
diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o
grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive,
principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das
ruas.
O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.
O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.
Muitas polêmicas giram em torno
desse movimento artístico, pois de um lado o grafite é desempenhado com
qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e vandalismo. A
pichação ou vandalismo é caracterizado pelo ato de escrever em muros,
edifícios, monumentos e vias públicas. Os materiais utilizados pelos
grafiteiros vão desde tradicionais latas de spray até o látex.
Principais termos e gírias utilizadas nessa arte;
• Grafiteiro/writter: o artista que pinta.
• Bite: imitar o estilo de outro grafiteiro.
• Crew: é um conjunto de grafiteiros que se reúne para pintar ao mesmo tempo.
• Tag: é a assinatura de grafiteiro.
• Toy: é o grafiteiro iniciante.
• Spot: lugar onde é praticada a arte do grafitismo.
(Por Eliene Percília. Equipe
Brasil Escola.com)
Assista o curto documentário
sábado, 13 de dezembro de 2014
MINHAS LEITURAS – AUGUSTO DOS ANJOS
Li ainda na adolescência Augusto,
fiquei maravilhado e ao mesmo tempo espantado com seus versos de catedrais
imensas. Este poeta paraibano, penetrou em minhas veias com seus poemas “antipoéticos”
e moveu meu olhar para os espaços que eu nunca antes tinha observado com tanta
miudeza. Acredito, portanto, que os Augusto dos Anjos precisa a cada dia ser
revisitado para realmente sabermos o que e quem somos.
Também acredito que a Paraíba
deve muito ao poeta Augusto. Faz-se necessário a cada dia dedica-lhe
homenagens. Mesmo que seja neste centenário de sua morte. Pois, sem dúvida, ele
é um dos principais poetas do Brasil, quiçá do mundo, pois nos ofertou uma
poesia originalíssima.
Abaixo segue alguns dos poemas
mais conhecidos deste vate. Também fiz questão de coletar poemas em áudio para
facilitar o encontro com o poeta do Morcego e dos Versos Íntimos, como também
documentários comentários sobre dos Anjos. Indico leituras de livros sobre
o poeta.
Johniere
Alves Ribeiro
Quem foi Augusto dos Anjos
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu em 28 de abril de 1884, no Engenho do Pau d’Arco (PB).
Seus pais eram proprietários de engenhos, os quais seriam perdidos alguns anos mais tarde, em razão do fim da monarquia, da abolição e da implantação da república.
Foi educado pelo próprio pai até ao período antecedente à faculdade. Formou-se em Direito no Recife, contudo, nunca exerceu a profissão. Criado envolto aos livros da biblioteca do pai, era dedicado às letras desde muito cedo. Ainda adolescente, o poeta publicava poesias para o jornal “O Comércio”, as quais causavam muita polêmica, por causa dos poemas era tido como louco para alguns e era elogiado por outros. Na Paraíba, foi chamado de “Doutor Tristeza” por causa de suas temáticas poéticas.
Em 1910, casa-se com Ester Fialho, com quem tem três filhos. O primeiro filho morre prematuramente. Quando a situação financeira da família se agrava, com o advento da industrialização e a queda do preço da cana-de-açúcar, o autor muda-se para o Rio de Janeiro. Nesta cidade, enfrenta o desemprego até conseguir o cargo de professor substituto na Escola Normal e no Colégio Pedro II, complementando-o com a renda das aulas particulares.
Em 1910, casa-se com Ester Fialho, com quem tem três filhos. O primeiro filho morre prematuramente. Quando a situação financeira da família se agrava, com o advento da industrialização e a queda do preço da cana-de-açúcar, o autor muda-se para o Rio de Janeiro. Nesta cidade, enfrenta o desemprego até conseguir o cargo de professor substituto na Escola Normal e no Colégio Pedro II, complementando-o com a renda das aulas particulares.
Em 1914, transfere-se para Minas Gerais, por causa de uma nomeação como diretor do Grupo Escolar de Leopoldina, a qual conseguiu com ajuda de um cunhado. Após alguns meses da mudança, o poeta morre aos 12 de novembro do mesmo ano, vitimado por pneumonia.
Augusto dos Anjos vivenciou a época do parnasianismo e simbolismo e das influências destas escolas literárias através de seus escritores, como: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira, Cruz e Souza, Graça Aranha, dentre outros. Porém, o único livro do escritor, intitulado “Eu”, trouxe inovação no modo de escrever, com idéias modernas, termos científicos e temáticas influenciadas por sua multiplicidade intelectual. Pela divergência dos assuntos tratados pelo autor em seus poemas em relação aos dos autores da época, Augusto dos Anjos se encaixa na fase de transição para o modernismo, chamada de pré-modernismo.
O poeta tinha como tema uma profunda obsessão pela morte e teve como base a idéia de negação da vida material e um estranho interesse pela decomposição do corpo e do papel do verme nesta questão. Por este motivo foi conhecido também como o “Poeta da morte”.
Sua única obra marca a literatura brasileira pela linguagem e temática diferenciadas. (Sabrina Vilarinho )
Vejamos um trecho de um poema muito conhecido do poeta, chamado “Versos íntimos”:
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Sua única obra marca a literatura brasileira pela linguagem e temática diferenciadas. (Sabrina Vilarinho )
Vejamos um trecho de um poema muito conhecido do poeta, chamado “Versos íntimos”:
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Obra: Eu (1912)
Imagens legais sobre Augusto dos Anjos mistura de "art pop"
Documentário
Poemas para ouvir
Livros e revistas sobre Augusto
- Toda poesia de Augusto dos Anjos - Ferreira Gullar;
- Correio das Artes - União
- Essa Mecânica nefasta; o eu e os outros - Hildeberto Barbosa Filho
- Augusto dos Anjos em Quadrinho - Jairo Cézar
- Era uma vez um menino chamado Augusto - Neide Medeiros
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
10 DICAS TÉCNICAS PARA ESCREVER UM BOM TEXTO " DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO"
Assista uma vídeo aula com 10 dicas importantes para produzir um bom texto dissertativo-argumentativo. Preste atenção e procure colá-las em prática.
Até uma próxima postagem !
Johniere Alves Ribeiro
__________________________________
Assista:
comente
FAZER UMA BOA REDAÇÃO - HÁ FÓRMULAS? CONFIRA!
Olá pessoal, sabemos que produzir textos não é uma
tarefa fácil. Contudo, não é impossível, a um aluno do Ensino Médio, prestes a
se submeter a um exame avaliativo (como o ENEM) escrever com qualidade trinta
linhas. Para isto, faz-se necessário o conhecimento sobre as principais
técnicas de escrita, uma boa bagagem de informações – acumuladas ao longo da
vida estudantil, por exemplo -; mas, acima de tudo, escrevendo. POIS NÃO HÁ FORMAS OU FÓRMULAS PARA ESCREVER, o que faço aqui é apenas indicar caminhos, nem sempre veredas simples para se trilhar, mas lembre-se: escrever é preciso.
Assim, é importante estar conectado com o cotidiano,
para “engrossar” sua argumentação. Por isso, procure ficar bem atualizada e com
boas informações sobre o que acontece a sua volta.
Daí é importante construirmos pontes para que a
escrita possa acontecer com menos traumas. Para tentar desmitificar o monstro
da “redação escolar”, apresentando a escrita como algo dinâmica e que faz parte
do nosso cotidiano. Como afirma Coimbra GUEDES ( 1999):
“(...) ensinar a escrever começa pela criação de condições para que os
alunos produzam textos – texto circula pela cidade – e não apenas em situações
escolares, que se confinam em sala de aula. Texto agente escreve para leitores;
redação escolar a gente esconde no meio
daquela pilha em cima da mesa do professor. Texto agente escreve a
partir dos palpites dos colegas e do
professor...” (GUEDES, 1999, p.14)
Neste contexto
é fácil observar que a produção de um texto deve ir além das quatro paredes da
sala de aula. Mesmo tendo sido produzido no interior destas, o aluno deve
entender que não escreve seu texto para o “professor de redação”, todavia ele
deve ter em mente que a escrita é interligada a um conjunto de ações e atitudes
que o impulsionou a escrever. E que na ponta da produção há um leitor pronto
para ler o que foi escrito
Diante disto, vejamos as dicas de
Suzana Luz sobre esta questão:
“Não se
trata de uma receita, mas o caminho da produção textual eficiente passa pelos
seguintes requisitos:
1 – O produtor do texto deve ter convicção do que quer transmitir em seu texto:
Qual seu objetivo? Que ideia pretende defender? Quais argumentos ele vai usar
para convencer o leitor?
2 – Deve determinar que tipo de texto, ou melhor, qual gênero textual vai ser o
mais adequado para atingir os objetivos traçados. Uma dissertação, uma carta,
uma narrativa?
3 – O produtor deve adequar o nível de linguagem que será utilizado no texto. É
aconselhável se perguntar: Quem é o leitor imediato? Qual nível de linguagem
será empregado: mais culto ou mais coloquial?
4 – Os problemas gramaticais que interferem na clareza textual devem ser
corrigidos, em um primeiro momento, por um profissional competente;
posteriormente, pelo próprio produtor.
Quanto a essa última observação, é claro que se requer um treino mais constante
ainda, já que não é tarefa fácil corrigir o próprio texto. Tal atividade passa
pela construção de um saber gramatical pouco explorado atualmente nas escolas.
Ocorre que, enquanto a gramática for objeto de estudo em si e por si,
isoladamente, ela acaba não sendo incorporada pelos alunos e é pouco utilizada
no momento da produção textual. Assim, o ideal é que haja nas escolas a
“gramática aplicada ao texto”.
Após essa explanação, convém retomar o conteúdo da matéria divulgada pela
FOVEST e ressaltar, mais uma vez, que redigir constantemente é o que faz o
produtor ser eficiente. Afinal, não há nenhum diploma de escritor, não é mesmo?
O que há, sim, é uma prática tão constante quanto à revisão a que deve estar
submetido um texto.
Por fim, ainda tenho o dever de reafirmar categoricamente: não se nasce
escritor, não há um dom inato, não há magia na produção textual. Esta
habilidade nasce, desenvolve-se e se aprimora paulatinamente, com esforço,
dedicação e repetição de quem se propõe a escrever.” ( SUZANA LUZ)
Leia um pouco mais sobre o modo
como se pode fazer uma boa produção textual.
Johniere Alves
Ribeiro
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Uma boa
redação pode fazer a diferença entre ser e não ser aprovado no Enem. Para que o
candidato produza um texto eficiente no exame, são necessários pelo menos três
requisitos.
- Primeiro, é preciso ter um razoável nível de informação. Não há como escrever sobre determinado tema se nada se conhece a respeito dele. Quem não tem o que dizer, diz da pior maneira possível.
- Segundo, é necessário estar bem treinado. Espera-se que o aluno, ao longo dos últimos meses, tenha escrito pelo menos uma redação por semana. A produção contínua cria familiaridade com o uso das palavras e aprimora a técnica de elaborar períodos e parágrafos.
- Terceiro, é imprescindível ficar atento às competências que serão avaliadas. Para isso o candidato deve ler o "Guia do Participante: A Redação no Enem 2013", disponível no site do Inep. O guia foi elaborado com o intuito de "esclarecer os critérios adotados no processo de avaliação das redações" e detalha o que se espera do candidato em cada competência.
Vale a pena lembrar que o primeiro requisito se relaciona estreitamente com o gênero textual pedido no concurso -- o dissertativo-argumentativo. Aqui os dois adjetivos se equivalem, ou seja, é preciso dissertar e também argumentar. Por vezes o aluno ignora essa determinação e se limita a expor dados e informações sobre o tema. Está, por exemplo, muito bem informado sobre fontes de energia, e para demonstrar isso recheia a folha de redação com as vantagens e desvantagens de cada fonte. Mas não defende, com argumentos consistentes, nenhuma delas.
Nesse caso faz uma dissertação expositiva,
que se confunde com a descrição. Isso pode levar a uma nota muito baixa, ou
mesmo ao zero, na competência 3 (que trata dos argumentos) e na 5 (que diz
respeito às propostas). A tendência a expor ou descrever, em vez de discutir o
tema, decorre de um equívoco sobre o conceito de informatividade (o fator que
mede o grau de informação do texto). A informatividade se define como a suficiência, e não o excesso,
de informações.
Assim, antes de encher o texto com exemplos, citações,
estatísticas, o candidato deve ponderar se precisa mesmo de tudo isso. As
informações têm que ser relevantes para o ponto de vista defendido; do
contrário, o aluno dará a entender que tem boa memória mas uma limitada
capacidade crítica. Isso é tudo o que o Enem não quer.
Assista algumas aulas que segue - mais ou menos - aquilo que penso sobre a produção de texto em concursos e vestibulares:
Aula I
Comenta-se neste vídeo a redação da PUC, mas pode ajudar no ENEM e concursos.
Aula II
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