segunda-feira, 22 de setembro de 2014

FAZER UMA BOA REDAÇÃO - HÁ FÓRMULAS? CONFIRA!

Olá pessoal, sabemos que produzir textos não é uma tarefa fácil. Contudo, não é impossível, a um aluno do Ensino Médio, prestes a se submeter a um exame avaliativo (como o ENEM) escrever com qualidade trinta linhas. Para isto, faz-se necessário o conhecimento sobre as principais técnicas de escrita, uma boa bagagem de informações – acumuladas ao longo da vida estudantil, por exemplo -; mas, acima de tudo, escrevendo. POIS NÃO HÁ FORMAS OU FÓRMULAS PARA ESCREVER, o que faço aqui é apenas indicar caminhos, nem sempre veredas simples para se trilhar, mas lembre-se: escrever é preciso. 
Assim, é importante estar conectado com o cotidiano, para “engrossar” sua argumentação. Por isso, procure ficar bem atualizada e com boas informações sobre o que acontece a sua volta.  
Daí é importante construirmos pontes para que a escrita possa acontecer com menos traumas. Para tentar desmitificar o monstro da “redação escolar”, apresentando a escrita como algo dinâmica e que faz parte do nosso cotidiano. Como afirma Coimbra GUEDES ( 1999):
“(...) ensinar a escrever começa pela criação de condições para que os alunos produzam textos – texto circula pela cidade – e não apenas em situações escolares, que se confinam em sala de aula. Texto agente escreve para leitores; redação escolar a gente esconde no meio  daquela pilha em cima da mesa do professor. Texto agente escreve a partir dos palpites dos colegas  e do professor...” (GUEDES, 1999, p.14)
  Neste contexto é fácil observar que a produção de um texto deve ir além das quatro paredes da sala de aula. Mesmo tendo sido produzido no interior destas, o aluno deve entender que não escreve seu texto para o “professor de redação”, todavia ele deve ter em mente que a escrita é interligada a um conjunto de ações e atitudes que o impulsionou a escrever. E que na ponta da produção há um leitor pronto para ler o que foi escrito

Diante disto, vejamos as dicas de Suzana Luz sobre esta questão:
“Não se trata de uma receita, mas o caminho da produção textual eficiente passa pelos seguintes requisitos:
                        1 – O produtor do texto deve ter convicção do que quer transmitir em seu texto: Qual seu objetivo? Que ideia pretende defender? Quais argumentos ele vai usar para convencer o leitor?
                        2 – Deve determinar que tipo de texto, ou melhor, qual gênero textual vai ser o mais adequado para atingir os objetivos traçados. Uma dissertação, uma carta, uma narrativa?                     
                        3 – O produtor deve adequar o nível de linguagem que será utilizado no texto. É aconselhável se perguntar: Quem é o leitor imediato? Qual nível de linguagem será empregado: mais culto ou mais coloquial?
                        4 – Os problemas gramaticais que interferem na clareza textual devem ser corrigidos, em um primeiro momento, por um profissional competente; posteriormente, pelo próprio produtor.
                        Quanto a essa última observação, é claro que se requer um treino mais constante ainda, já que não é tarefa fácil corrigir o próprio texto. Tal atividade passa pela construção de um saber gramatical pouco explorado atualmente nas escolas. Ocorre que, enquanto a gramática for objeto de estudo em si e por si, isoladamente, ela acaba não sendo incorporada pelos alunos e é pouco utilizada no momento da produção textual. Assim, o ideal é que haja nas escolas a “gramática aplicada ao texto”.
                        Após essa explanação, convém retomar o conteúdo da matéria divulgada pela FOVEST e ressaltar, mais uma vez, que redigir constantemente é o que faz o produtor ser eficiente. Afinal, não há nenhum diploma de escritor, não é mesmo? O que há, sim, é uma prática tão constante quanto à revisão a que deve estar submetido um texto.
                         Por fim, ainda tenho o dever de reafirmar categoricamente: não se nasce escritor, não há um dom inato, não há magia na produção textual. Esta habilidade nasce, desenvolve-se e se aprimora paulatinamente, com esforço, dedicação e repetição de quem se propõe a escrever.” ( SUZANA LUZ)

Leia um pouco mais sobre o modo como se pode fazer uma boa produção textual.
Johniere Alves Ribeiro
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Uma boa redação pode fazer a diferença entre ser e não ser aprovado no Enem. Para que o candidato produza um texto eficiente no exame, são necessários pelo menos três requisitos. 

- Primeiro, é preciso ter um razoável nível de informação. Não há como escrever sobre determinado tema se nada se conhece a respeito dele. Quem não tem o que dizer, diz da pior maneira possível. 
- Segundo, é necessário estar bem treinado. Espera-se que o aluno, ao longo dos últimos meses, tenha escrito pelo menos uma redação por semana. A produção contínua cria familiaridade com o uso das palavras e aprimora a técnica de elaborar períodos e parágrafos.
- Terceiro, é imprescindível ficar atento às competências que serão avaliadas.  Para isso o candidato deve ler o "Guia do Participante: A Redação no Enem 2013", disponível no site do Inep. 
O guia foi elaborado com o intuito de "esclarecer os critérios adotados no processo de avaliação das redações" e detalha o que se espera do candidato em cada competência. 
     Vale a pena lembrar que o primeiro requisito se relaciona estreitamente com o gênero textual pedido no concurso -- o dissertativo-argumentativo. Aqui os dois adjetivos se equivalem, ou seja, é preciso dissertar e também argumentar. 
Por vezes o aluno ignora essa determinação e se limita a expor dados e informações sobre o tema. Está, por exemplo, muito bem informado sobre fontes de energia, e para demonstrar isso recheia a folha de redação com as vantagens e desvantagens de cada fonte. Mas não defende, com argumentos consistentes, nenhuma delas.
Nesse caso faz uma dissertação expositiva, que se confunde com a descrição. Isso pode levar a uma nota muito baixa, ou mesmo ao zero, na competência 3 (que trata dos argumentos) e na 5 (que diz respeito às propostas). A tendência a expor ou descrever, em vez de discutir o tema, decorre de um equívoco sobre o conceito de informatividade (o fator que mede o grau de informação do texto). A informatividade se define como a suficiência, e não o excesso, de informações. 
Assim, antes de encher o texto com exemplos, citações, estatísticas, o candidato deve ponderar se precisa mesmo de tudo isso. As informações têm que ser relevantes para o ponto de vista defendido; do contrário, o aluno dará a entender que tem boa memória mas uma limitada capacidade crítica. Isso é tudo o que o Enem não quer.
( Chico Viana é professor de português e redação. www.chicoviana.com)



Assista algumas aulas que segue - mais ou menos - aquilo que penso sobre a produção de texto em concursos e vestibulares: 

Aula I 

Comenta-se neste vídeo a redação da PUC, mas pode ajudar no ENEM e concursos.

Aula II 



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