Romantismo: a arte da burguesia
O
gosto pela cultura clássica, que se inicia no século XVI, com o Renascimento,
perdura ate o século XVII. Com o tempo, ele foi se restringindo ao público
aristocrático formado pela nobreza e pelo alto clero. Com a ascensão da
burguesia ao poder na França, em 1789, surge a necessidade de uma arte
sintonizada com aquele contexto social e com a sensibilidade do novo público
que se formava. Essa arte é o Romantismo. (http://www.facos.edu.br/old/projetos/letras/ensiqlopedia/arquivos/ensiqlopedia3/romantismo.htm)
Com a ascensão da burguesia ao poder na
França, em 1789, surge a necessidade de uma arte harmonizada com o contexto
social e com o perfil do público que se formava.
Em
meados de 1789, a burguesia capitalista industrial consolidou um padrão
artístico próprio, em oposição aos padrões da aristocracia que vigoravam nos
três séculos anteriores. Essa nova arte é o Romantismo.
O
Romantismo transpirava rebeldia e gosto pela liberdade, foi uma fase voltada
para os assuntos contemporâneos e para o cotidiano do homem burguês do século
XIX. Esse valorizava o homem emotivo, intuitivo e psicológico, e por isso
desprezava o racionalismo dos iluministas.
O
Romantismo é a manifestação cultural de uma época de transformações e rupturas,
de lutas e incertezas. Na literatura romântica se verificam traços típicos do
gosto e da sensibilidade moderna.
Entre
outras, o Romantismo apresenta as seguintes características:
-
Individualismo: O homem burguês deu livre expressão a seus sentimentos e
emoções mais íntimos.
-
Feição anticlássica: A estética romântica proclamou a liberdade individual do
artista.
-
Fuga da realidade: A insatisfação com o mundo leva o romântico a fugir da
realidade, expressando suas obras de várias maneiras: fuga para a natureza,
fuga para o passado, fuga para o interior de si mesmo, fuga para o lado noturno
de vida, para o misticismo, o sobrenatural, o sonho, a loucura ou a própria
morte.
-
Nacionalismo: O nacionalismo romântico floresce, e propaga a idéia de que cada
povo é único e criativo, e expressa seu gênio na linguagem, na literatura, nos
monumentos e tradições populares.
Introdução
O romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se
inicia na Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final
do século XIX.
O berço do romantismo pode ser considerado três países: Itália, Alemanha e
Inglaterra. Porém, na França, o romantismo ganha força como em nenhum outro
país e, através dos artistas franceses, os ideais românticos espalham-se pela
Europa e pela América.
As características principais deste período são : valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. Este período foi fortemente influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa.
As características principais deste período são : valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. Este período foi fortemente influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa.
Artes Plásticas
Nas artes
plásticas, o romantismo deixou importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e
o francês Eugène Delacroix são
os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas representavam a
natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as emoções e os
sentimentos em suas obras de arte.
Na Alemanha, podemos destacar as obras místicas de Caspar David Friedrich,
enquanto na Inglaterra John Constable traçava obras com forte crítica à urbanização e
aos problemas gerados pela Revolução
Industrial.
Literatura
Foi através da poesia lírica que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos
XVIII e XIX. Os poetas românticos usavam e abusavam das metáforas, palavras
estrangeiras, frases diretas e comparações. Os principais temas abordados eram
: amores platônicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e seus
mistérios. As principais obras românticas são: Cantos e Inocência do poeta
inglês William Blake, Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do alemão Goethe, Baladas
Líricas do inglês William Wordsworth e diversas poesias de Lord Byron. Na
França, destaca-se Os Miseráveis de Victor Hugo e
Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas.
Música
Na música ocorre a valorização da liberdade de expressão, das emoções e
a utilização de todos os recursos da orquestra. Os
assuntos de cunho popular, folclórico e
nacionalista ganham importância nas músicas.
Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.
Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.
O Guarani - Carlos Gomes- Música Erudita Romântica no Brasil
Teatro
Na dramaturgia o romantismo se manifesta valorizando a religiosidade, o
individualismo, o cotidiano, a subjetividade e a obra de William Shakespeare. Os dois
dramaturgos mais conhecidos desta época foram Goethe e Friedrich von Schiller.
Victor Hugo também merece destaque, pois levou várias inovações ao teatro. Em
Portugal, podemos destacar o teatro de Almeida
Garrett.
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O ROMANTISMO NO BRASIL
Em nossa terra, inicia-se em 1836 com a publicação, na França, da
Nictheroy - Revista Brasiliense, por Gonçalves de Magalhães. Neste período,
nosso país ainda vivia sob a euforia da Independência do Brasil. Os
artistas brasileiros buscaram sua fonte de inspiração na natureza e nas
questões sociais e políticas do pais. As obras brasileiras valorizavam o amor
sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza, a formação
histórica do nosso pais e o cotidiano popular.
Artes Plásticas
As obras dos pintores
brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos
históricos importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de
uma identidade nacional. As obras principais deste período são : A Batalha do
Avaí de Pedro Américo e A Batalha de Guararapes de Victor Meirelles.
Literatura romântica brasileira
No ano de 1836 é publicado no Brasil Suspiros Poéticos e Saudades de
Gonçalves de Magalhães. Esse é considerado o ponto de largada deste período na
literatura de nosso país. Essa fase literária foi composta de três gerações:
1ª Geração - conhecida também como nacionalista ou
indianista, pois os escritores desta fase valorizaram muito os temas nacionais,
fatos históricos e a vida do índio, que era apresentado como " bom
selvagem" e, portanto, o símbolo cultural do Brasil. Destaca-se nesta fase
os seguintes escritores : Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Araújo Porto
Alegre e Teixeira e Souza.
2ª Geração - conhecida como Mal do século, Byroniana ou fase
ultra-romântica. Os escritores desta época retratavam os temas amorosos levados
ao extremo e as poesias são marcadas por um profundo pessimismo, valorização da
morte, tristeza e uma visão decadente da vida e da sociedade. Muitos escritores
deste período morreram ainda jovens. Podemos destacar os seguintes escritores
desta fase : Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.
3ª Geração - conhecida como geração condoreira, poesia social ou
hugoana. textos marcados por crítica social. Castro Alves,
o maior representante desta fase, criticou de forma direta a escravidão no
poema Navio Negreiro.
Música Romântica no Brasil
A emoção, o amor e a liberdade de viver são os valores retratados nas
músicas desta fase. O nacionalismo, nosso folclore e assuntos populares servem
de inspiração para os músicos. O Guarani de Carlos Gomes é a obra musical de
maior importância desta época.
Teatro
Assim como na música e na literatura os temas do cotidiano, o
individualismo, o nacionalismo e a religiosidade também aparecem na dramaturgia
brasileira desta época. Em 1838, é encenada a primeira tragédia de Gonçalves de
Magalhães: Antônio José, ou o Poeta e a Inquisição. Também
podemos destacar a peça O Noviço de Martins Pena.
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