5 poemas paraibanos
Amador Ribeiro Neto
cabaceiras
dia
cinco
cinco
começa
§
único
alguidar
cheio
] farinha [
] carne de sol [
] creme de leite [
deus
nOs
acuda
O
O
restO
dO
dO
canO
muriçocas de miramar
foco teu carnaval
focas meu carnaval
ardes carnes
ardemos
vara
varal
são joão de teixeira
eu sabia não sabia
deveria
saber já sabia
toda
via
na hora agá
embaraçou
o fundo da
rede das minhas idéias
e foi vacilo
via
na hora agá
embaraçou
o fundo da
rede das minhas idéias
e foi vacilo
agora
só me resta a
poesia
desta noite fria de junho
só me resta a
poesia
desta noite fria de junho
e lá lounge
bem no alto
bandeirinhas fogueirando
festas pros ventos
volpis
lagoa de joão pessoa
bem no alto
bandeirinhas fogueirando
festas pros ventos
volpis
lagoa de joão pessoa
e
se um dia eu carregu
ei girafas no bol
so nem me lembro m
ais o certo é que hoj
e quis embolsar um casal del
as e tive a maior dificuldad
e
e
uma vazava pelos pés outr
a escorregava no pescoço d
a outra e eu e eu ali sozinh
o com as mãos ao vento da noit
e escondendo meu rombo zôo
lógico é ev(id)ent
e
feira de campina grande
para roberto coura
na feirafebres uminha no meinho inúmeras meações: os olhos do foto-grafo: déjà-vu chinfrim reles-mesmo costumeiro: como? assim: sendo como se víssemos pela primeira vez: olhos transladados no escuro ampliam nossoutras percepções y desautomatizam vosssoutro olhar. fiat lux: delirar com a dança lisérgica das alfaces. chove-chuva das cores vegetais verduras & frutas. sobe-&-desce )laça&deslaça( das linhas semi-impalpáveis das escadasesfoladas. lonas dos tetosbarracas: faíscas de fogueiras fuzilando balcões da feira: ah percussão da luz: moto-contínuo-motor-refletindo & refratando baticum no alumínio das canecas & funis & panelas & lamparinas. a escultura frágil-volátil do algodão rosa: desmaterialização da obra de arte convertida em comilança cotidiana: festafina das crianças. contraponto dos volumes escalas direções gráficas: labirinto metálico dos pregos parafusos trincos tralhas dobradiças: cópula metálica de cores & sons & sentidos. os queijos-livros nas prateleiras-estantes para o palrar & paladar das facas dos sab(o)(e)res. nos poleiros: perus amostrados: felizes da hora: néscios do pouco a pouco daqui a pouco-panela. visagensvirtuais: sandálias coloridas nas bancas vazias: a rua asfaltada se alonga dentro do silêncio: passos para pés deste & doutros dias. linhas espirálicas do jerimum caboclo se-retorcendo-se: primeiros raios do dia. névoa. fumaça. de repente: splum: clarão do dia. pipOcaestOura a feirafesta em cOres sOb Os OlhOs de cOura
Escrito por Correio das Artes às 09h25
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