Mais confusão em torno do ENEM
Começaram
a divulgar as notas e as produções do textuais do ENEM. O teto de vidro do MEC
começou a receber pedradas. Pois, de acordo com alguns analistas e jornalistas
de plantão, acreditam que a correção da prova de Redação apresenta fragilidades
– para não dizer – erros crassos.
Contudo,
em tempos de mídias associadas a grupos partidários ou a interesses
personificados, fica difícil compreender até que ponto tais críticas favorecem
o processo de escrita dos nossos alunos do Ensino Médio – particular ou
público-, que claramente necessitam de uma alfabetização para “o escrever” e assim “letrar-se”.
Enquanto
a mídia direciona seus dardos ao governo (leia-se MEC) o que, até certo ponto,
é muito natural - pois é responsável pelo processo seletivo nacional – devemos procurar
a verdadeira causa do problema: o fraco sistema educacional de nosso país.
Mas,
mesmo assim vejamos o que um jornal
divulgou sobre o assunto.
Johniere Alves ribeiro
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Nos dois primeiros parágrafos, o vestibulando chega a comentar a questão da imigração. Mas, no parágrafo seguinte, descreve o modo de preparo do macarrão instantâneo:
“Para não ficar muito cansativo, vou agora ensinar a fazer um belo miojo, ferva trezentos ml’s de água em uma panela, quando estiver fervendo, coloque o miojo, espere cozinhar por três minutos, retire o miojo do fogão, misture bem e sirva”.
Logo depois retoma o tema da imigração e conclui que “uma boa solução para o problema o governo brasileiro já está fazendo, que é acolher os imigrantes e dar a eles uma boa oportunidade de melhorarem suas vidas”.
Embora haja critérios para se tirar nota 0 na redação no Guia do Participante, como a fuga total do tema e impropérios ou atos propositais de anulação, o vestibulando em questão tirou 560 em 1000.
O candidato recebeu 120/200 (60%) na competência 2 da correção, em que são avaliadas a compreensão da proposta da redação e a aplicação de conhecimentos para o desenvolvimento do tema. Pela nota, o Ministério da Educação (MEC) entende que o estudante abordou o tema de forma “adequada”, embora “previsível” e com “argumentos superficiais”. Na competência 3, na qual é avaliada a coerência dos argumentos, o candidato recebeu 100/200 (50%).
Em nota, o MEC afirmou que “a presença de uma receita no texto do participante foi detectada pelos corretores e considerada inoportuna e inadequada, provocando forte penalização especialmente nas competências 3 e 4”. O órgão entende que o aluno não fugiu do tema nem teve a intenção de anular a redação, pois não feriu os direitos humanos e não usou palavras ofensivas.
Nesta segunda-feira, 18, o jornal O Globo mostrou que redações nota 1000 (máxima) da edição de 2012 continham erros graves de grafia como “rasoavel”, “enchergar”, “trousse”, além de problemas de concordância verbal, acentuação e pontuação.
Com informações do jornal O Globo
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