Os textos jornalísticos, em sua maioria, têm como característica central uma linguagem associada à denotação, pois estes primam pela informação. Para a escrita do jornal ou da revista deve tentar aproximar a linguagem do plano real, pois o jornalista (em tese) não deve passar nenhum tipo de informação que não seja comprovado, caso contrário tais textos perderam a credibilidade diante o seu publico alvo.
Os gêneros textuais que circulam nesta esfera, como sabemos, tem com meio de divulgação vários espaços: revistas e jornais impressos, televisão, rádio e, mais recentemente, o mundo da web que tem desenvolvido mecanismos cada vez mais rápidos para que a informação se pulverize, tanto para computadores ( em casa ou em empresas) como para celulares, ipod´s, iped´s, dentre outros canais tecnológicos. Falamos em gêneros textuais.... Mas o que são os gêneros textuais?
Segundo Marcuschi (2001), um gênero varia de acordo com o contexto discursivo. A estrutura de uma carta, por exemplo, em geral, é sempre a mesma. Qual seja? De acordo com o autor: a) local, data; b) saudação; c) texto; d) despedida; e)assinatura. Contudo, como afirma Silva (1997 apud BEZERRA, 2003, p. 210),
[…] embora sendo cartas, não são da mesma natureza, pois circulam
em campos de atividades diversos, com funções comunicativas
variadas [...] assim, [estes] tipos de cartas podem ser considerados
como subgêneros do maior “carta”, pois todos têm em comum – sua
estrutura básica: a seção de contato, o núcleo da carta, e a seção de
despedida – mas são diversificados em suas formas de realização,
suas intenções.
Têm-se os tipos de carta de acordo com o contexto sócio-discursivo. “É assim que temos carta pedido, carta resposta, carta pessoal, carta programa, carta circular, carta ao leitor e tantas outras” (BEZERRA, 2003, p. 201).
Diante de tudo que foi exposto, estaremos apresentando um dos gêneros textuais que circulam no ambiente jornalístico: a carta do leitor.
Johniere Alves ribeiro
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CARTA DO LEITOR: esse tipo de texto no vestibular pretende avaliar a capacidade que o candidato tem de escrever um texto numa situação determinada, com um interlocutor fixo. Os recursos de linguagem utilizados devem ser adequados ao texto-base, com o qual deve se estabelecer a interlocução. Do mesmo modo, a opinião pessoal do candidato sobre o episódio descrito no texto deve estar presente. O uso da 1ª pessoa é viável, uma vez que a opinião pessoal do candidato deverá estar presente. Pela exigüidade do número de linhas, alguns vestibulares dispensam as formalidades estéticas comuns às cartas, como local, data, invocação, despedida e assinatura. Portanto, fiquem atentos ao comando do enunciado.
A linguagem da carta do leitor varia de acordo com três elementos essenciais: a intencionalidade do texto (protestar, criticar positiva ou negativamente, brincar ou apenas “impressionar” os leitores); o perfil do autor ( seus gostos, idade, nível cultural, etc.); o perfil do jornal ou revista ( quem é o público leitor, quais os assuntos publicados, o grau de formalismo, etc)
Quando o teor da carta diz respeito a uma matéria assinada, o leitor deve de dirigir ao jornalista que a escreveu. Porém, se a carta disser respeito ao jornal ou a uma matéria não assinada, então o leitor deve se dirigir ao edito, representante legal da revista ou jornal. (adaptado por Johniere Alves Ribeiro de http://praticasescrita.blogspot.com.br/2011/05/carta-de-leitor-contexto-jornalistico.html)
a) expressa a opinião do leitor sobre textos publicados em jornal ou revista;
b) tem intencionalidade persuasiva;
c) tem estrutura semelhante à da carta pessoal: data, vocativo, corpo do texto (assunto), expressão cordial de despedida e assinatura;
d) linguagem de acordo com o perfil do autor, da revista ou jornal a que se destina, predominando o padrão culto formal;
e) menor ou maior pessoalidade, de acordo com a intenção do autor; ( Adaptado de CEREJA E MAGALHÃES, 2000. IN Texto e interação. )
f) se preferir, mande um e-mail que possui as mesmas características da carta (será mais rápido e é a forma mais indicada na atualidade, pois todo jornal e revista tem um setor responsável para receber este tipo de demanda) .
Dicas de como montar a estrutura:
- Leia com atenção a proposta, pois ela norteará o que se deve fazer;
- Procure interpretar bem os textos motivadores e preste atenção se há imagem ( figuras, tirinhas, capas de revistas, etc) pois eles podem inspirar sua escrita;
- Não transcreva literalmente ( letra por letra) trechos dos textos motivadores, pois demonstra empobrecimento de argumentação em seu texto;
- Situe o leitor do seu texto (referência ao artigo, dando título, autor e edição ou data do órgão divulgador)
- Dirija-se a interlocutor fixo (diretor da revista, leitor em especial), conforme indicação no enunciado.
- Faça-o no início ( Prezado senhor: , Senhor diretor:)
- Exponha sua opinião ou posição sobre o assunto de forma sucinta.
- Apresente razões, argumentos, sugestões.
- Encerre reforçando a sua posição ou sugerindo algo.
- Mantenha postura equilibrada e firme. ( adaptado por Johniere Alves Ribeiro)
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